Início Gerais Cotidiano 7 COISAS INCRÍVEIS QUE VOCÊ SÓ VÊ EM SÃO JOÃO DEL-REI:

7 COISAS INCRÍVEIS QUE VOCÊ SÓ VÊ EM SÃO JOÃO DEL-REI:

Najla Passos
Da Editoria

São João del-Rei é uma cidade bela e acolhedora que encanta os visitantes pela hospitalidade, pela culinária, pela religiosidade, pelo respeito à memória e à história… e por várias outras curiosidades que fazem dela uma cidade ímpar.
O Notícias Gerais listou 7 delas aqui. Confira:

1 – Passeio de Maria Fumaça até Tiradentes!

A saída da Estação Ferroviária de São João del-Rei é um ponto alto do passeio. (Imagem: Najla Passos)

É mesmo de dar orgulho: só quem mora ou visita São João del-Rei pode passear pela vizinha Tiradentes usando como meio de transporte a Maria Fumaça mais antiga em circulação no país, pelos trilhos inaugurados em 1881 por D. Pedro II.  A viagem bucólica percorre 13 quilômetros da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, cortando o Rio das Mortes e ladeando a estonteante Serra de São José, em Tiradentes.

2 – Sinos que falam…

“O sineiro é o repórter da cidade”, afirma José Luís, no documentário “O Toque dos Sinos em Minas Gerais”, produzido pelo IPHAN.

A tradição de usar os sinos como meio de comunicação entre a igreja católica e seus fiéis foi trazida ao Brasil pelos portugueses e se espalhou pelas cidades históricas mineiras. Mas foi em São João del-Rei que encontrou seu ponto alto. São mais de 40 batidas diferentes catalogadas, que rendem à cidade o título de “terra onde os sinos falam” e que foram decisivas para que a tradição mineira fosse tombada como Patrimônio Imaterial.
E tem mais: como os toques foram criados, em grande parte, por escravos e descendentes, eles têm uma forte pegada afro, que contrasta com a religiosidade católica, dominante na cidade!

3 – Sinos que têm nome, são batizados… e até respondem judicialmente por seus crimes

O sino está no primeiro plano da vista da torre, com a cidade histórica ao fundo.
Vita da torre da Igreja do Carmo, que abriga o Museu dos Sinos de São João del-Rei. Imagem: Najla Passos.

Conceição vive na torre da Igreja São Francisco de Assis. João da Cruz, na da Igreja do Carmo. Lourdes e Catarina, nas da Igreja do Rosário. Em São João del-Rei, os sinos são batizados com nomes católicos antes de começarem a falar com a população da cidade. E batizados literalmente, com direito a padre, água benta e cerimônia religiosa!
Reza a lenda urbana que, no final da década de 1930, ouve um deles que foi até preso, julgado e condenado por homicídio. Trata-se do sino Jerônimo, da São Francisco de Assis. Quando a procissão do Domingos de Ramos chegou à igreja e suas baladas não foram ouvidas, todos suspeitaram que algo estava errado. Subiram até a torre e encontraram o sineiro morto, caído no chão. Ele havia bebido demais na noite anterior e não conseguiu desviar do balado de Jerônimo, que o atingiu na cabeça. O sino então foi preso, julgado e condenado ao derretimento.

4 – Beco que liga a igreja à zona boêmia

O beco, hoje fechado por grades,  liga a antiga Rua da Zona à lateral da Igreja do Carmo.
O beco que liga a saída lateral da Igreja do Rosário à antiga “zona de baixo meretrício” hoje encontra-se fechado por grades colocadas pelos atuais moradores. Imagem: Najla Passos.

A chamada Rua da Cachaça, no centro histórico, abriga hoje restaurantes, bares, pousadas, centros culturais e até uma disputada feira de arte e artesanato mensal. Mas durante décadas e décadas, foi o que os mineiros chamam de “zona de baixo meretrício”, ou seja, o local que concentrava as casas de prostituição da cidade.
O curioso é que um endereço tão profano seja ligado à Igreja do Rosário por um beco, bastante discreto. Contam as más línguas que o corredor servia para o escape dos homens de família que, após deixarem suas esposas na igreja, fugiam para a zona. A festa só se encerrava com o final das missas, quando eles retornavam ao templo religioso como se dali nunca tivessem saído…

5 – Mão inglesa

Um conjunto de três fotos mostram as placas que indicam a mão invertida na ponta, sendo que uma delas está virada ao contrário.
Para quem desce ao lado da Estação, menos mal. O problema maior é para quem sobe em direção ao centro histórico: a placa que alerta sobre a mão investida também está invertida! Imagens: Najla Passos.

São João del-Rei não fica no Reino Unido, mas também usa a famosa mão inglesa para garantir o fluxo do trânsito no centro histórico. E como é só na ponte da Rua José Leite de Andrade, costuma causar estranhamento. Para quem desce ao lado da Estação Ferroviária, menos mal. A placa está um pouco apagada, mas está lá para informar aos forasteiros e lembrar os desavisados. Agora, para quem sobe em relação ao centro histórico, o sufoco é grande: além de apagada, a placa está de ponta cabeça. Isso mesmo: placa invertida para alertar sobre mão invertida. É mole?

6 – Mão e contramão que se cruzam no meio da via

Na Rua Manoel Anselmo, quase chegando ao Largo do Tamandaré, mão e contramão se cruzam no meio da via, os carros trocam de lado. Os forasteiros podem até apostar que aquilo vai acabar em acidente, mas os são-joanenses lidam com aquela loucura toda com a maior naturalidade. É a sabedoria de um povo que se acostumou a fazer milagre para manter intacto o seu centro histórico de ruas seculares!

7 – A irresistível cigarrete de queijo minas!

A foto mostra uma cigarrete com recheio exclusivo de queijo minas.
A original cigarrete são-joanense é feita só com queijo minas: fica delicioso. Imagem: Najla Passos.

São João del-Rei disputa com Juiz de Fora a paternidade de um salgadinho maravilhoso que só existe na região: a cigarrete. E ainda desdenha da outra cidade, que usa presunto e mussarela na receita. São-joanense de verdade defende que a original cigarrete mineira deve ser feita só com queijo minas. E, de fato, o quitute fica dos deuses!

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