Carol Rodrigues
Notícias Gerais
Há cinco anos, o Barteliê agita a cena cultural em São João del-Rei. Parada obrigatória para quem passa pela Rua da Cachaça, o estabelecimento – que promove shows, exposições e festivais, além de boa cerveja – está há mais de 120 dias fechado devido à pandemia. Mesmo com o prejuízo, a intenção é reabrir as portas assim que for seguro.
“As pessoas mandam foto, dão apoio, falam ‘nossa, não fecha, não, a gente está com saudade’. É uma coisa que fica gravada nas pessoas, os momentos que elas passaram, a gente lida com sentimentos, com lembranças”, conta Hamilton Vieira, dono do Barteliê.
Mesmo com os rumores de que o estabelecimento havia fechado as portas de vez, Hamilton garante: a intenção é voltar com o funcionamento quando for considerado seguro. De acordo com ele, ainda não é o momento de reabrir porque não há como garantir a segurança de todos os clientes e funcionários.
“Não tem como a gente deixar isso se perder, vamos esperar o melhor momento. Seja na Rua da Cachaça ou seja em qualquer outro lugar, a gente vai estar movimentando a cena cultural” explica. O empresário, agora, está trabalhando no ramo de tecnologia para driblar os efeitos da crise.
Arte e cerveja
O bar faz parte da vida boêmia da cidade e impulsiona, também, a vida cultural. “Quando pensei em fazer o bar, queria criar um calendário de eventos na cidade e ir colocando no bar”, conta Hamilton Vieira. Desde o dia 8 de julho de 2015, data da inauguração, o Barteliê promove shows de MPB, rock, forró, samba. exposições de fotografia, de cerâmica, festivais, lançamentos de livros.
Mas os eventos não ficam restritos somente ao estabelecimento, se estendem, também, para todo o município. “A gente já fez também um evento de aniversário da cidade, não ia ter nada e fizemos lá no Carmo, foram três dias de eventos”, conta o empresário. São-joanense de certidão, Hamilton mostra sua paixão pela cidade, “quando era mais novo eu tocava o sino, fazia tapete”.
O dia de maior movimento no Barteliê, com certeza, era quarta-feira. Com a famosa noite no forró, o estabelecimento pequeno, na estreita rua de pedra, chegava a atender cerca de 500 pessoas, que fechavam o trânsito. “É muita energia boa que a galera tem, nosso público que sempre esteve presente, sempre lugar de paz, harmonia”, completa Hamilton Vieira.
