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MINAS GERAIS POSSUI APENAS 421 RESPIRADORES, EQUIPAMENTO NECESSÁRIO PARA TRATAR VÍTIMAS DO COVID-19

(Imagem: Reprodução)

Najla Passos
Da Editoria

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revela que Minas Gerais possui apenas 421 respiradores, equipamento necessário para tratar pacientes contaminados por Covid-19.

De acordo com o estudo, 221 deles estão em hospitais de pequeno porte, 155 de médio e 45 de grande.

Na região do Campo das Vertentes, a situação é preocupante. Em entrevista ao Notícias Gerais, o secretário de Saúde de São João del-Rei, José Marcos Ferreira Andrade, disse que a região conta com apenas 43 respiradores.

“Em São João, nós temos 29 respiradores e, juntando com a região, temos 43 no total. É insuficiente e o Estado e a União estão procurando suprir essa necessidade”, afirmou.

A reportagem de Notícias Gerais apurou também que Tiradentes possui apenas um leito hospitalar com respirador. O município de São Tiago também conta com apenas um.

Pesquisa em vários cenários

A pesquisa da UFMG e do IPEA, divulgada nesta quinta (26), verifica a capacidade do país de amparar os pacientes contaminados com Covid-19 que necessitarão de atendimento hospitalar em vários cenários: no pior deles, com o vírus contaminando 1% da população em um mês e, no melhor, em seis meses.

O estudo demonstra que, se a propagação do vírus se der em alta velocidade, o sistema de saúde do país não conseguirá atender a todos os pacientes que necessitarem de acesso aos respiradores durante a internação hospitalar.

“Se a taxa de infecção alcançar 1% em apenas um mês, o percentual de microrregiões de saúde com capacidade comprometida de atendimento aumentaria para 38%”, atesta a pesquisa. Duas delas são de Minas Gerais.

Faltam leitos de UTI

A situação fica ainda mais grave para os pacientes que necessitarão de leitos de UTI. Se 1% da população brasileira for contaminada com o Covid-19 no período de um mês, o sistema público de saúde entrará em colapso, com 53% das microrregiões de saúde operando com sobrecarga de leitos de UTI.

“Esses resultados são especialmente graves, uma vez que a oferta de leitos UTI é fundamental para a recuperação dos casos mais vulneráveis à doença”, alerta o estudo.

O estudo reforça a importância da estratégia do isolamento social ao contrapor que, se o percentual de 1% da população for contaminado no período de seis meses, o sistema de saúde terá leitos gerais para atender aos necessitados em todas as microrregiões.

Confira a Nota Técnica na íntegra.

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