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BARBACENA: MESMO COM SALDO NEGATIVO DE EMPREGOS, JUNHO APRESENTA MELHORA EM COMPARAÇÃO A MESES ANTERIORES

Foto: Najla Passos

Carol Rodrigues
Notícias Gerais

O mês de junho apresentou saldo negativo de empregos em Barbacena: a cidade perdeu 84 postos de trabalho formais, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse resultado, porém, é o melhor no município desde o início da pandemia de Covid-19.

Em junho, Barbacena registrou 322 admissões contra 406 desligamentos. O resultado é o melhor desde fevereiro, quando a cidade registrou a criação de 24 novos postos de emprego. Com a chegada do novo coronavírus no país, o número de demissões em Barbacena cresceu significativamente – batendo recorde em março, que teve um total de 767 desligamentos.

Ao todo, a cidade acumula, na primeira parte do ano de 2020, um saldo negativo de 933 postos de emprego: resultado melhor do que apresenta São João del-Rei, por exemplo, que registrou o fechamento de 1017 trabalhos formais. 

Entre os principais setores econômicos na cidade, estão o comércio e a prestação de serviços. Mesmo com a relativa melhora, o futuro dos empregos na cidade é incerto, na visão do presidente do Sindicato do Comércio (Sindcomércio), Marcelo Leitão Oliveira. Segundo ele, o número de postos de trabalho vai depender diretamente das medidas tomadas pelo governo no combate à crise.

“Se (o governo) decidir por liberar demais (a flexibilização de funcionamento do comércio), é muito ruim porque vai ter risco maior nos próximos meses. […] Se resolver fechar regiões que podem estar se aproveitando desse momento bom, isso pode refletir negativamente nos empregos e na economia”, comenta. 

Saldo

Marcelo considera que a alta no número de desempregos aconteceu por diversos fatores envolvendo a crise da Covid-19. Um deles foi a falta de preparo dos empresários: “(há) muita gente no comércio que é muito descapitalizada, que começa a empreender sem ter o capital necessário para abrir uma empresa e manter no primeiro ano”, comenta.

Além disso, de acordo com o presidente do Sindcomércio, o desespero por parte de alguns empresários no início da crise também contribuiu para o alto número de demissões. Leitão indica que a demora de resposta do governo no combate à crise econômica e sanitária colaborou para a incerteza dos proprietários. 

Outro ponto citado por ele é a insegurança gerada no empresário e também na população devido ao constante “abre e fecha” de setores da economia. Para o presidente do sindicato, esse fator pode fazer com que não se tenha a estabilidade necessária para fazer contratações e, muitas vezes, as demissões apresentam-se como uma opção. “Cada empresário fez uma aposta nessa crise”, completa. 

Críticas ao “Minas Consciente”

Marcelo Leitão criticou, ainda, o programa “Minas Consciente  – Retomando a economia do jeito certo”, do Governo de Minas. Ele acredita que a teoria do projeto não tem sido colocada em prática e as decisões não estão sendo tomadas de forma regionalizada, o que pode afetar negativamente na economia das cidades.

Segundo os dados do Caged, Minas Gerais registrou o primeiro mês com saldo positivo de contratações desde o início da pandemia do novo coronavírus. Em junho, foram criados 1.795 postos de trabalho. O número é modesto, mas é o primeiro aumento registrado desde o mês de março deste ano.

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