Kamila Amaral
Notícias Gerais
Neste sábado (3), ocorre o terceiro ato nacional pelo “Fora Bolsonaro”. As manifestações estão marcadas em cidades por todo o país – entre elas estão Barbacena, São João del-Rei e Tiradentes.
Em Barbacena, a concentração do ato será, às 9h30, na Praça São Sebastião; em São João del-Rei, o protesto terá início, às 10h, em frente ao Teatro Municipal; e em Tiradentes, os manifestantes se reúnem, a partir das 10h, na Igreja Matriz e, às 11h, partem em direção ao Largo das Forras.
Assim como os dois primeiros atos, realizados em maio e junho, a manifestação deste sábado tem como principal reivindicação o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a vacinação em massa de toda a população contra Covid-19, além de combater o desmonte da educação e demais serviços públicos.
No entanto, o “3J”, como está sendo chamado nas redes sociais, foi adiantado após as denúncias de superfaturamento na compra da vacina Covaxin e ganhou ainda mais força após o jornal Folha de S.Paulo divulgar que o governo brasileiro teria cobrado propina de um dólar por dose para concluir a aquisição de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca.
Resultado de uma necessidade
“As manifestações de rua são resultado de uma necessidade da classe trabalhadora de garantir a vida e a cada escândalo que o Governo Bolsonaro se envolve fica mais claro a escolha que esse governo fez, que foi de atender os interesses de grandes empresários e de corruptos”, afirma o diretor de comunicação da subsede do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), em São João del-Rei, André Nogueira.
Segundo ele, a estimativa é de que mais de 700 mil pessoas tenham ido às ruas nas manifestações de 19 de junho e a expectativa é de que, tanto em São João del-Rei quanto no restante do país, a participação popular seja ainda maior no ato do próximo sábado (3).
“A gente acredita que São João del-Rei defende o fim desse governo, para que a gente possa garantir a vida da nossa classe trabalhadora”, declara.
Em Barbacena, a expectativa também é de aumento da participação popular no próximo ato. Segundo os organizadores das manifestações, a cidade tem registrado uma crescente nas mobilizações anteriores e surpreendeu pela quantidade de pessoas nas ruas.
Luan Ariel, professor e membro da Frente Popular pelos Direitos, ressalta a gravidade dos últimos acontecimentos no cenário nacional, principalmente, em relação aos escândalos envolvendo irregularidades na compra – e recusa – de vacinas.
“Essa semana a gente vai chegar a mais de 520 mil mortos, esse governo negociou corrupção em cima da vida das pessoas”, frisa o professor.
O pesquisador Luiz Cruz, de Tiradentes, conta que na cidade, as manifestações contra o atual governo começaram, mesmo que timidamente, ainda durante a campanha eleitoral de 2018, com as mobilizações do “Ele não”.
“Estamos participando de todas as manifestações nacionais, a cidade de Tiradentes esteve presente em todas as manifestações convocadas pelos movimentos sindicais, políticos e estudantis nacionais”, ressalta.
O pesquisador enfatiza também que as manifestações, mesmo enquanto demonstram a indignação da população local com as ações do Governo Bolsonaro, mantém a preocupação com a segurança sanitária durante a pandemia, mantendo um mínimo de distanciamento e fazendo uso de máscara e álcool gel.