Wanderson Nascimento
Notícias Gerais
A novela da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos alimentos vencidos teve mais um capítulo na tarde desta terça-feira (8/6), durante a reunião ordinária da Câmara de Vereadores de São João del-Rei. Após a nomeação de Rosinha do Moto Táxi (PSL) pelo presidente Stefânio Pires (PSL) para substituir o seu companheiro de partido, vereador Weriton Andrade – filho do prefeito e enteado da Secretária de Assistência Social -, a oposição contestou novamente a decisão da presidência, uma vez que a indicação da vereadora se enquadra nos mesmos quesitos que causaram o impedimento de Weriton.
Rosinha, além de ter parentesco com a parte investigada, pois é tia da Secretária de Assistência Social, Aline Gonçalves, não foi indicada pela liderança do partido dentro dos cinco dias úteis após o aceite do presidente para instauração da CPI. O indicado do PSL foi o vereador Weriton – impedido pela Justiça, após mandado de segurança impetrado pelos vereadores de oposição.
Na reunião desta tarde, Stefânio se antecipou e se manifestou sobre o assunto, antes mesmo da bancada de oposição. “Eu enquanto presidente desta Casa, não estou atrasando nenhuma CPI não. Estou tramitando como tem que tramitar. Os vereadores podem eleger o presidente da Comissão e o relator, se quiserem. Eu entendi que eu poderia substituir o vereador. Agora cabe à justiça definir com o mandado de segurança”, declarou.
A única representante da oposição que se manifestou foi a vereadora Lívia Guimarães (PT): a parlamentar reivindicou a saída de Rosinha da comissão e também os ritos oficiais para os trabalhos da CPI.
Lívia explicou que cada partido teve cinco dias para indicar seu representante, relembrou que Weriton foi o indicado pelo PSL e, para ela, como o filho do prefeito não pode participar mais, já se venceram os cinco dias para indicar a liderança do partido.
A vereadora ainda rebateu a fala de Stefânio, que disse que os vereadores não iniciam os trabalhos da CPI porque não querem. “Não começa porque não tem o rito”, indicou Lívia.
“Em discussão, decidimos que primeiro seria definido como montar a CPI e depois a gente focaria em como seria o rito de como iria funcionar. Não é justa a participação da vereadora Rosina (Pilar do Nascimento, também conhecida como Rosinha do Moto Taxi) pois não foi indicada no prazo, além de ter parentesco com a secretária. Então ela está impedida pelos mesmos motivos do vereador Weriton”, defendeu a vereadora, que cobrou do setor jurídico do Legislativo que informe os ritos da CPI.
A Câmara aguarda a decisão da justiça sobre a participação de Rosinha do Moto Táxi, assim como ocorreu em relação ao vereador Weriton Andrade.
A reunião da Câmara pode ser visualizada pela página do Legislativo no Facebook.
