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DE CADA 10 PESSOAS, PELO MENOS 4 ESTÃO SOFRENDO COM SINTOMAS DE ANSIEDADE E ESTRESSE NA QUARENTENA, DIZ PESQUISA

Imagem: Shutterstock – Reprodução / Blog da Saúde

Kamila Amaral
Notícias Gerais

Uma pesquisa feita pelo Observatório da Saúde Coletiva (Obesc) de São João del-Rei aponta que pelo menos quatro em cada dez pessoas sofrem com sintomas de ansiedade e estresse na quarentena, enquanto uma teve boa adaptação ao novo cenário. O estudo também indica que 98,5% pessoas mudaram a rotina de trabalho devido à pandemia e 54,6% tiveram mudanças na rotina por estarem em isolamento.

A pesquisa foi aplicada entre os dias 2 e 4 de abril e ouviu 415 pessoas da região. Desse total, 291 são moradores de São João del-Rei. A divulgação do resultado foi feita por meio das redes sociais do Observatório da Saúde Coletiva.

Imagem: Reprodução / Observatório da Saúde Coletiva

O objetivo do questionário era investigar a percepção das pessoas sobre a pandemia, identificar mudanças de comportamento, reações e experiências da população frente ao isolamento e adoecimentos. “As respostas orientaram nossos estudos, capacitações e outras ações”, afirma uma das coordenadoras do projeto, a professora Cássia Beatriz Batista.

Um outro questionário foi liberado pelo Observatório. “A ideia é acompanhar as mudanças e efeitos da epidemia na cidade e região, em aspectos como trabalho, rotina, moradia, prevenção e outros impactos que a população está vivenciando durante a quarentena”, explica a bolsista do observatório e estudante do curso de Psicologia da UFSJ, Núbia Rodrigues.

O isolamento e a saúde mental

Um dado obtido pela pesquisa do Observatório da Saúde Coletiva é que cerca de 43% dos entrevistados apresentam sentimentos de ansiedade e estresse devido ao isolamento social. Essas reações se apresentam juntamente com irritação, medo, preocupação e raiva.

“Para minimizar estas reações, a Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta a diminuição do excesso de informação, filtrá-las; estabelecer rotina em casa, com horários para refeições, lazer, sono e realização de atividades físicas e manuais”, salienta Rodrigues.

Segundo ela, o isolamento físico não significa isolamento afetivo. “É Importante manter o contato social pelo celular ou redes sociais. Organizar o tempo também é fundamental, mas não devemos exigir o mesmo ritmo ou um rendimento alto de atividades no dia. Nosso corpo e mente estão se adaptando e isso requer tempo e descanso”, acrescenta.

Outra recomendação é manter-se informado por fontes confiáveis e dedicar-se a atividades prazerosas, sem cobranças ou culpas.

No entanto, em casos de sofrimento intenso, deve-se procurar ajuda profissional. “Um profissional de saúde pode lhe oferecer apoio psicológico. Vários psicólogos têm oferecido consultas virtuais e, para os profissionais de saúde, o Observatório da Saúde Coletiva dispõe de um serviço de Plantão de acolhimento para esse momento”, informa Batista.

Observatório da Saúde Coletiva

O Observatório da Saúde Coletiva (Obesc) é um projeto de extensão da UFSJ que tem como objetivo contribuir no enfrentamento à COVID-19 em São João del-Rei e região a partir de uma proposta que envolve professores, técnicos e estudantes de vários cursos da universidade, profissionais de saúde e outros atores sociais.

Atualmente, o projeto trabalha em diferentes frentes. São cinco salas de trabalho articuladas: a sala de Situação, Comunicação, Formação e Acolhimento, Solidariedade e Na Rua.

A sala de Situação atua na produção de conhecimentos com monitoramento de políticas e de notícias, realizando estudos técnicos, entrevistas narrativas e enquetes; enquanto a Sala de Comunicação divulga informações sanitárias nas redes sociais e meios de comunicação locais.

Por sua vez, a Sala de Formação e Acolhimento colabora com os profissionais de saúde que são a linha de frente desta epidemia, oferecendo suporte técnico e psicológico. Já as salas de Solidariedade e Na Rua operam junto às necessidades da população, arrecadam doações, prestam auxílio à população de rua, entre outras ações.

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