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LAGOA DOURADA COMEMORA 108 ANOS; CONFIRA A HISTÓRIA DE SEU MAIS FAMOSO QUITUTE: O ROCAMBOLE

Imagem: Nayana Carvalho

Victória Souza *

Neste sábado (6), a cidade de Lagoa Dourada comemora 108 anos de muita história e gastronomia. Com a pandemia, a tradicional Festa do Rocambole, que acontece no aniversário do município, precisou ser cancelada. Mas aqui, você pode ter um gostinho da história do famoso quitute que conquista turistas de toda parte.

Sobre encantar pelo estômago, Minas Gerais entende bem. A gastronomia é um dos principais atrativos do estado e com Lagoa Dourada não é diferente. Localizado a 150
km de Belo Horizonte, o município é conhecido como a “Capital Mineira do Rocambole”.

O título foi oficializado em novembro de 2019 pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais
(ALMG) por meio Projeto de Lei 4.871/2017. A localização estratégica da cidade ajudou a popularizar a tradição, já que, para chegar nas cidades de São João del-Rei e Tiradentes, vindo da capital mineira, a passagem por Lagoa Dourada é obrigatória.

O rocambole tem história

O que poucos sabem é que a receita original veio de muito longe. A história começa há um século atrás, quando o libanês Miguel Youssef casou-se com a lagoense Dolores. O casal começou a produzir o doce e outros quitutes em um estabelecimento que ficava ao lado do ponto de ônibus da linha São João del-Rei – Lagoa Dourada.

Daí em diante, o gosto pelo rocambole passou de geração em geração e se disseminou pela cidade. O filho do casal, Paulo Youssef, deu continuidade ao empreendimento da família que recebeu o nome de “Legítimo Rocambole” e existe até hoje, totalizando quase 100 anos de história.

Imagem: Nayana Carvalho

Atualmente, quem comanda a loja é Marisa, esposa do – já falecido – Ricardo Youssef, que é neto de Miguel e filho de Paulo. Ao lado, Mirtes, irmã de Miguel, coordena o outro estabelecimento, tão antigo quanto o “Famoso Rocambole”.

Além desses dois, são várias lojas espalhadas no trecho da rua Miguel Youssef e nos arredores da Igreja do Rosário. A cidade é cheia de padarias e produtores de rocambole, cada
um com sua história e sua peculiaridade, mas com uma coisa em comum: todos são deliciosos.

Os tamanhos variam de acordo com a preferência do consumidor: você pode comer um pedacinho, levar a metade de um sabor ou pegar o maior e ter a opção de dividó-lo em dois sabores.

Do mais tradicionais aos mais exóticos, os paladares passeiam desde o doce de leite, chocolate e goiabada até os recheios de nozes, ameixa e abacaxi. Tem para todos os gostos.

Festa do Rocambole já é tradição

Imagem: Nayana Carvalho

No aniversário do município, o protagonista também costumava ser ele. A tradicional Festa do Rocambole, que este ano chegaria a sua 10ª edição, aconteceria no início de junho e atrairia milhares de turistas para a cidade. No entanto, o evento precisou ser cancelado por causa das orientações de distanciamento social durante a epidemia de Covid-19.

A Festa contava fielmente com a participação do rocambole do Jaci, o Legítimo e o Rocambole e Companhia, mas o convite se estende a todos que desejarem expor. Já a prefeitura ficava encarregada de fornecer o doce de leite, matéria prima para fabricação do quitute.

Além da degustação dos doces, a programação se estendia também para shows, peças de teatro e feira de artesanato.

* Victória Souza atua na assessoria de comunicação do Circuito Trilha dos Inconfidentes.

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