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Wanderson Nascimento
Notícias Gerais
Os Jogos Olímpicos são marcados por muitas e belas histórias e, quando se trata de atletas brasileiros, os episódios de superação fazem parte da maioria deles.
Uma dessas histórias de superação tem como cenário um sítio no município de Coronel Xavier Chaves, no Campo das Vertentes – mais especificamente um açude localizado no sítio do professor Lincol Lanza, de 62 anos, que fica a 3 km da cidade, na localidade conhecida como Água Limpa.
Esse açude teve papel importante para alguns dos nadadores brasileiros que estão nos Jogos Olímpicos de Tóquio: Lincoln é pai de um desses atletas, o Vinícius Lanza.
Aos 24 anos, o nadador mora nos Estados Unidos da América (EUA), onde conseguiu uma bolsa integral para estudar e também realiza seus treinos.
Em entrevista ao Notícias Gerais, Lincoln, que mora em Belo Horizonte, conta essa história curiosa, que culminou com uma medalha de bronze para o Brasil.
Ele explica que, em fevereiro de 2020, Vinícius veio para o Brasil para disputar as seletivas olímpicas, que seriam realizadas em março. No entanto, com o início da pandemia da Covid-19, todas as piscinas da capital mineira ficaram fechadas, impedindo o treinamento do filho.
Vinícius, então, começou a ficar “em pânico”, sem poder treinar, faltando poucas semanas para ele terminar o respectivo ciclo de treinamento.
“Eu falei, vamos lá para a roça, você vai treinar lá no açude”, relembra, tendo como resposta do filho o questionamento de que não teria jeito, pois não tem raia, e não teria como ele fazer as viradas durante o nado.
Lincoln, então, falou que daria um jeito e, no improviso, conseguiu proporcionar as condições para que o filho realizasse seus treinos.
“Fomos para o sítio num sábado. Na segunda, eu cortei um tablado de compensado e alguns eucaliptos que fincamos no açude. As raias eu fiz com linha de pesca e isopor”, revela.
O pai afirma que Vinícius ficou treinando uns 15 dias sozinho, e reclamou que estava difícil treinar, estava ficando sem incentivo, que precisava da presença dos amigos.
“Então chamamos oito amigos dele, inclusive o Fernando Scheffer, que conquistou uma medalha de bronze. Eles ficaram treinando mais de 15 dias com o Vinícius, na água gelada, de mina. A raia ficou com 80 metros, e eles faziam o treinamento normal”, pontua.
“Valeu todo o sacrifício. O improviso que fizemos valeu a pena, Foi gratificante”
– avalia o pai de um dos atletas olímpicos que treinaram em Coronel Xavier Chaves.
Ausência de resultado positivo não retira a satisfação
Vinícius, infelizmente, não chegou às finais dos jogos. Ele disputou os 200m medley, marcando seu melhor tempo, com 1:58:92, vencendo sua série. O tempo, porém, não foi suficiente para o brasileiro avançar às semifinais. Na classificação geral, ele alcançou a 25ª posição. Nos 100m do nado borboleta, ele ficou em 8º lugar na respectiva bateria e 26º no final.
Apesar de Vinícius não conseguir a classificação, “seu Lincoln” afirma que o orgulho é muito grande em ter o filho representando o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Ele menciona os Jogos de Paris, em 2024, e pondera: “só de ele estar lá e ter melhorado todos os tempos pessoais já é uma satisfação”.
Confira, abaixo, o vídeo que Vinícius publicou, na época, em seu perfil, no Instagram, mostrando o treino improvisado: