Início Cultura PREFEITURA DE BARROSO SE MANIFESTA SOBRE SITUAÇÃO DE IMÓVEL DA ANTIGA EFOM

PREFEITURA DE BARROSO SE MANIFESTA SOBRE SITUAÇÃO DE IMÓVEL DA ANTIGA EFOM

Foto: Wanderson Nascimento

Wanderson Nascimento
Notícias Gerais

Barroso possui uma série de imóveis que remontam à história ferroviária brasileira desde o século 19, quando o município teve sua estação construída no ano de 1880. Atualmente, restam ainda muitos vestígios que preservam parte da fachada original. Além da estação, há a antiga Casa do Guarda-Chaves: profissional ferroviário manobrista que controla as chaves nos desvios ou entroncamento dos trilhos, é ele quem altera a chave do trilho que define a direção por onde o trem irá seguir.

Uma barrosense fez uma publicação em uma rede social, contestando uma suposta intervenção no imóvel. Ela relata o seguinte: “Fiquei muito triste ao passar hoje pela casa do ‘Guarda Chaves’ na Rua Brasilino de Melo e constatar que ela está ‘sofrendo’ intervenções. Uma cidade que não preserva seu patrimônio material e imaterial é uma cidade sem cultura!”.

A reportagem do Notícias Gerais entrou em contato com a Prefeitura de Barroso para analisar a situação do imóvel, que é habitado por uma família.

De acordo com a assessoria de comunicação do Executivo, a Casa do Guarda-Chaves pertence ao município, desde 16 de março de 2006, quando foi adquirido. Na época, o prefeito era Arnaud Baldonero Napoleão, falecido em 2012.

Além de ser de propriedade do município, o imóvel também é tombado desde 2001, por meio do Decreto Municipal Nº 007/2001, deliberação Nº 1 do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, Histórico e Turístico de Barroso, no dia 13 de fevereiro de 2001.

Famílias fazem parte da história do local

A administração municipal ressalta que que as famílias que ali residem, nos dias de hoje, não são invasoras, pois elas possuem autorização para residir naquele local, concedida a elas há mais de 20 anos, antes mesmo de o imóvel ser adquirido pelo município.

Segundo a assessoria de comunicação, a prioridade é o remanejamento das famílias que ali residem para um lugar digno de moradia e a permanência dos moradores contribui para a preservação do imóvel. “Ao contrário do que se pensam, as famílias colaboram para a manutenção do local”, afirma a Prefeitura.

Recentemente, uma equipe do Executivo realizou uma visita no local e constatou que o telhado, o forro, o piso, a estrutura construída, a fachada, as portas e janelas, bem como outros diversos pontos são ainda originais da construção e de reformas realizadas ainda quando a ferrovia estava em atividade no município.

“As famílias colaboraram para que não houvesse depredação do local, sendo assim, as famílias que ali residem são também parte da história do local, e não podem de forma alguma ser ignoradas neste processo de restauração e revitalização do local”, complementa o texto enviado ao NG.

Projeto de reestruturação

A assessoria afirma, ainda, que o município tem projeto para reestruturação do imóvel, bem como da estação, direcionando os espaços para fins culturais.

“Existem planos para a revitalização, com estudos já em andamento para elaboração de projeto de revitalização da área bem como sua futura utilização em projetos ligados a cultura local, projetos estes que em breve serão divulgados com mais detalhes, sempre priorizando as famílias e seu correto acolhimento”, finaliza.

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