Kamila Amaral
Notícias Gerais
A proposta da Prefeitura de Barbacena de reabrir o comércio da região para que atuassem na modalidade delivery foi rejeitada na reunião que ocorreu nesta segunda (18), entre os representantes da 51 cidades que compõem a macrorregião Centro-Sul de Minas Gerais.
O grupo preferiu aderir ao programa Minas Consciente, do Governo do Estado, que prevê a retomada das atividades comerciais aos poucos, com determinados setores de cada vez, a medida em que as cidades atinjam metas previamente estabelecida para a oferta de serviços de saúde, como a disponibilização do número de leitos de UTI.
A proposta da Prefeitura de Barbacena de reabertura do comércio com serviços delivery estava sendo discutida com a Associação Comercial de Barbacena e representações de outros setores envolvidos no assunto.
“Era a nossa proposta para o comércio, mas agora, com a adesão ao Minas Consciente, isso muda”, explica o presidente da Associação Comercial de Barbacena, Flávio Franco. Para comerciantes que já se adaptaram ao delivery, ela ainda é a preferência.
O presidente do Sindicato do Comércio, Marcelo Leitão, por outro lado, acredita que a adesão ao programa estadual ajuda, inclusive, a organizar o trabalho delivery, que ainda não tinha critérios claros.
“Vai da cabeça de cada pessoa. Tem comerciante descumprindo as ordens da Prefeitura, mas por desinformação mesmo”, afirma.
Experiências concretas
Acostumada fazer entregas para todo o país, a Casa das Rosas, em Barbacena, sentiu o impacto de atender exclusivamente via delivery. “Estamos fazendo o possível para satisfazer ao máximo nossos consumidores, principalmente os mais velhos, por terem que se adaptar a essa modernidade (transferência bancária) na hora de adquirir o produto”, conta a proprietária, Jussara Marciano.
Para a empresária, a proposta de atendimento via delivery é positiva, pois além de evitar a transmissão do vírus, permite a manutenção do comércio. “Vemos a proposta de forma positiva e agregadora, na medida em que as formas de compra se diversificaram tornando nossas vendas maiores do que esperávamos durante a pandemia”, explica.
A preocupação com manter as atividades comerciais de forma responsável é compartilhada também pela Center Music Casa do Violão, em Barbacena. “O atendimento online, neste período de quarentena, não foi uma novidade para nós da Casa do Violão. Nós fornecemos para o Brasil inteiro e já estávamos prontos e bem atuantes nessa plataforma de atendimento, via redes sociais”, esclarece Marmes Joaseve Lucindo.
Para ele, o atendimento online e as entregas a domicílio já eram uma realidade com a qual os comerciantes tinham que se adaptar. “Esse período só reforçou aquilo que já era tendência no mercado mundial. A disponibilidade de serviços de entregas e atendimento virtual”, opina.