Caroline Santos Teixeira
Notícias Gerais
Ainda que sejam parte da fauna brasileira e bastante conhecidos pela população em geral, os animais silvestres causam estranheza quando são vistos perto de seres humanos ou de lugares frequentados por eles. Em 2020, o Notícias Gerais publicou várias matérias sobre este tipo de situação.
Em junho deste ano, um cachorro-do-mato, inicialmente identificado como uma raposa, foi encontrado ferido em Barbacena. O animal foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros e teve que passar por uma cirurgia para amputar a pata direita, devido a perda do membro, a “raposa” não pode ser devolvida à natureza. A clínica veterinária onde o animal se recuperou informou, à reportagem do NG, que o animal iria para um santuário.
Já em julho, um incidente envolvendo duas corujas aconteceu no centro de Barbacena. Na ocasião, os animais invadiram uma loja de departamento e foram encontrados pelos funcionários que prontamente acionaram a corporação. Após averiguar que as aves se encontravam sadias, elas foram devolvidas à natureza.
Outra coruja também virou notícia do NG: desta vez, um filhote da espécie buraqueira foi encontrado em uma residência em Barbacena. Sem ferimentos, o animal foi resgatado pelos militares.
Já em Congonhas, uma onça parda invadiu uma residência e foi capturada pelos bombeiros. Após a operação, o animal foi entregue a uma equipe do Ibama para ser levado ao seu habitat natural.
Em Desterro de Entre Rios, por sua vez, o Corpo de Bombeiros capturou um lobo guará que andava pela cidade. Apresentando alguns ferimentos, o animal foi enviado a Associação Protetora dos Animais.
Infelizmente, nem todos os animais silvestres noticiados pelo NG tiveram a oportunidade de se recuperar e voltar para seu habitat: é o caso dos dois lobos guarás que morreram na Serra de São José.
O primeiro caso aconteceu em julho e o animal não resistiu aos ferimentos provocados por um atropelamento. Já em agosto, outro um lobo guará foi morto atropelado.
O que fazer?
Ainda que fora da normalidade, essas situações podem acontecer com qualquer um. Por isso, especialistas dão alguns conselhos do que fazer nessas ocasiões: “sempre chamar o órgão responsável e nunca tentar pegar (o animal), pois a maioria são animais bravos e podem acabar atacando a pessoa”, recomenda a veterinária Gabriela Lyguori.
Thiago Ferreira, membro do Grupo de Estudos de Animais Selvagens da Universidade Federal de São João del-Rei (GEAS/UFSJ), reitera o que foi dito por Gabriela: “caso você tenha um confronto com um animal silvestre em um ambiente urbano, é aconselhado que você chame as autoridades competentes para poder fazer o resgate desse animal, mas que você não tente fazer por conta própria”. Ele relembra ainda que podemos encontrar estes animais no habitat deles: “(nestes casos) a recomendação é que você simplesmente ignore esse animal e siga seu caminho. Desvie sua rota e segue sua trilha”.
O Ibama, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), a Polícia Ambiental e o Corpo de Bombeiros são algumas das autoridades competentes para se acionar caso haja um encontro com um animal silvestre em área urbana.
