Comunicação HNSM
Há cerca de 9 anos prestando assistência espiritual aos pacientes do Hospital de Nossa Senhora das Mercês, uma das instituições referências para o tratamento da Covid-19 em São João del-Rei, Maria Concepcion Garcia Diaz, a irmã Rosário, finaliza os trabalhos prestados dentro da instituição.
Sua missão era a de visitar os quartos dos pacientes orando pela cura e oferecendo sábias palavras de conforto aos enfermos e seus familiares. Ela se encarregava também de organizar as celebrações litúrgicas, cuidar da Capela do Hospital de Nossa Senhora das Mercês e promover encontros de espiritualidade entre os colaboradores.
Com a instauração das medidas de prevenção contra o coronavírus, a irmã, que devido a idade avançada está dentro do grupo de risco da Covid-19, se afastou das atividades realizadas no hospital em março de 2020.
Como forma de homenagem e agradecimento por todos esses anos de contribuição, foi realizada na terça-feira (12), na capela do Hospital de Nossa Senhora das Mercês, uma missa fechada, presidida pelo bispo diocesano Dom José Eudes Campos do Nascimento.
Além da missa, ocorreu também a entrega de um certificado de honra ao mérito e agradecimento oficial da instituição, por meio da superintendente-administrativa, Patrícia R. Vieira e do presidente do Conselho Administrativo e Diretor Executivo do Hospital de Nossa Senhora da Mercês, Ricardo Rocha Camarano.
A celebração contou ainda com a participação do vigário-geral, padre Geraldo Magela da Silva, que conviveu por muitos anos com a irmã e não deixou de dizer algumas palavras, realizando uma homenagem relembrando um pouco de sua trajetória:
“O que fica para nós, primeiramente, é um testemunho de muito entusiasmo… que a gente leve para si esse entusiasmo que a senhora tem. Depois outra coisa que eu destaco é o carinho com as alfaias, hoje nós andamos um pouco secularizados, até mesmo dentro da igreja, né? E esse cuidado com as alfaias mostra o carinho, mais do que o carinho, a fé que a senhora tem na presença real de Nosso Senhor, por isso pra Ele deve ser feito o melhor e com o máximo carinho”, destacou ele.
O vigário-geral também destacou o tempo dedicado aos enfermos e familiares. “Além de levá-los à eucaristia, tentava também conversar, falar com cada um, sem se preocupar com a hora e isso é muito importante. Às vezes nós religiosos e padres pensamos nas obras sociais, nas grandes obras e nos esquecemos dessa obra que é prestar atenção nas pessoas. E a obra maior é prestar atenção nas pessoas é ouvir as pessoas, a humanização que a senhora sempre fala”, acrescentou.
E continuou: “Um outro testemunho que fica é o amor pelos sacerdotes e isso é muito bonito, o carinho que a senhora tem conosco, padres. Talvez nesse período agora a principal missão da senhora seja rezar! Muito obrigado por esse testemunho que a senhora nos deu, marcou as nossas caminhadas e será muito bem lembrada por nós”
