Redação
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A desarticulação política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresce como um tsunami. Desta vez, a dança das cadeiras dos ministérios atinge a pasta da Justiça, capitaneada por Sergio Moro.
O ex-juiz pediu demissão do cargo nesta quinta (23), após Bolsonaro anunciar a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, escolhido por Moro para o cargo.
A troca de Valeixo ocorreria nos próximos dias e o nome indicado seria de alguém mais próximo a Bolsonaro. A demissão do diretor-geral acontece junto a inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras.
As investigações têm como alvo deputados da base aliada do presidente. Eles são suspeitos de financiar e incentivar as manifestações contra o STF e o Congresso no último domingo (19).
Durante os protestos, que contaram com a participação de Bolsonaro, os manifestantes pediram a edição de um novo Ato Institucional nº5 (AI-5), decreto publicado em 1968 no governo Costa e Silva.
Entre os artigos do decreto, constava o fechamento do Congresso Nacional e a autorização para o presidente decretar estado de sítio por tempo indeterminado, demitir servidores públicos, cassar mandatos, confiscar bens e intervir em todos os estados e municípios.
Até o fechamento do texto, no final da tarde desta quinta, nem Bolsonaro, nem Moro se pronunciaram oficialmente.
Se confirmada a saída do ex-juiz, será a segunda baixa de superministros do mandatário em menos de uma semana. A primeira foi de Luiz Henrique Mandetta (Saúde), no último dia 16.