Redação
Notícias Gerais
A secretaria de Saúde de Barbacena, Marcilene Dornellas, afirmou nesta segunda (27), que o prefeito Luiz Álvaro não irá reabrir o comércio sem estar alinhado com os demais prefeitos da macrorregião Centro Sul, composta por 51 municípios, dos quais Barbacena é a cidade polo, e muito menos sem atender aos critérios estabelecidos pelo Programa Minas Consciente, lançado pelo governador Romeu Zema .
“Conforme está no protocolo do Estado, isso é decidido por região. Então, Barbacena não abrirá o comércio em hipótese alguma, sem estar em alinhamento com a região. Barbacena é polo de macro e de micro”, ressaltou ela, durante a superlive promovida pelo Notícias Gerais para debater os riscos da interiorização da pandemia de Covid-19 no Campo das Vertentes, na noite de segunda (27), acompanhada por mais de quatro mil internautas.
De acordo com a secretária, Barbacena é responsável por uma cobertura populacional de outras doenças para 800 mil pessoas. “Nós já tínhamos um déficit diário de 13 a 16 leitos de UTI. Tivemos uma diminuição na necessidade desses leitos devido à diminuição do trauma, mas ela ainda continua existindo e a porta de entrada é o Hospital Regional. As mulheres continuam parindo seus filhos, que é na Santa Casa. Nós continuamos tendo os infartados, que vão para o Hospital Ibiapaba, e ainda os pacientes oncológicos. Então, Barbacena jamais tomará qualquer atitude em desacordo com a macrorregião”, esclareceu.
Curva em alta
De acordo com o médico infectologista Hebert Fernandes, a região já conseguiu adiar o pico da curva, inicialmente previsto para meados de abril e, se mantiver as medidas de segurança, conseguirá passar pela pandemia sem o colapso do sistema de saúde. “Pela calculadora do Ministério [da Saúde], a expectativa é que a curva aqui em minas alcance o pico no final de maio, no início de junho. Mas se a gente continuar com as medias de isolamento e proteção, a gente vai conseguir diluir cada vez mais este pico e, consequentemente, a gente vai estar melhor preparado para o enfrentamento da pandemia”, recomendou.
O especialista também destacou as necessidade de atuação conjunta dos municípios para o enfrentamento da pandemia. “O que um município fizer vai impactar no outro. Nós estamos falando de uma população que vive de assistência de saúde conjunta”, afirmou. “A gente não é contra flexibilização do comércio, nada disso, mas temos que fazer isso de forma segura. E neste momento, o nosso mandamento ainda é o isolamento, é manter o uso das máscaras”, acrescentou Fernandes.