Carol Rodrigues
Notícias Gerais
Com o avanço do Covid-19 no Brasil, os equipamentos de proteção individual (EPI) logo desapareceram das lojas, deixando muita gente, principalmente os profissionais da saúde, sem ter como se proteger da doença. Pensando em ajudar essas pessoas, um grupo de Conselheiro Lafaiete começou a produzir máscaras em impressoras 3D para serem distribuídas gratuitamente em hospitais da região.
Já são 13 impressoras trabalhando na fabricação dos equipamentos e cerca de 20 pessoas envolvidas em todo o processo: desde a compra dos materiais, a criação de um manual de uso que acompanhará as máscaras, até a limpeza e a embalagem.
A intenção do grupo é produzir 600 máscaras, que serão entregues às Secretarias de Saúde de Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco, Congonhas e região. “É um projeto bem audacioso porque precisa de muita gente trabalhando em conjunto, mas que deu certo”, conta Jean Ciarallo, que faz parte da equipe. Confira:
Como são feitas as máscaras
A máscara, também chamada de protetor facial ou face shield, é composta por três partes: uma viseira transparente feita de acetato, que funciona como um escudo e serve para cobrir o rosto; uma parte de apoio, que é feita na impressora 3D, produzida com um filamento chamado PLA, que envolve a cabeça da pessoa e segura a máscara; por último, o elástico, parecido com uma gominha de direito, que serve para prender o suporte à cabeça.
A maior dificuldade do grupo é com o tempo, cada suporte leva cerca de 2:30h para ser impresso, além do tempo de montagem e embalagem das máscaras. “Para a gente alcançar um número maior de protetores faciais a gente precisava de muita gente, então hoje são 13 pessoas com impressora 3D fabricando esse material”, explica Jean.
Com pouco mais de uma semana de trabalho, já foram fabricados mais de 420 equipamentos, mas que ainda não foram distribuídos e devem ser usados por profissionais que estejam em contato direto com casos suspeitos ou confirmados de COVID-19. As máscaras são reutilizáveis e podem ser esterilizadas.
Para financiar esse projeto, o grupo não contou com nenhum apoio governamental. A arrecadação do dinheiro foi feita pela maçonaria de Conselheiro Lafaiete, que doou o montante para a produção dos EPIs. Veja: