Assessoria de Imprensa
A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), fundada em 1975, e suas regionais nos estados brasileiros, estão dedicando o mês de março para uma campanha de alerta à população sobre as doenças do trato digestivo, em especial o câncer colorretal.
Segundo José Dayrell de Lima Andrade, presidente da SOBED-MG e membro do Corpo Clínico do Hospital Ibiapaba CEBAMS de Barbacena, o câncer colorretal é o segundo que mais mata no País. “Hoje, a chance de uma pessoa desenvolver a doença é da ordem de 4,3% sendo que ela é mais comum em homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham casos já registrados na família”, diz o especialista.
Dados apresentados pela SOBED indicam que no Brasil, o câncer colorretal atinge mais de 40 mil pessoas por ano. Com o envelhecimento da população, estima-se que o número de mortalidade em virtude da doença aumente até 2025.
Ainda segundo o Dayrell, o dado mais preocupante é fato de que 85% dos casos de câncer colorretal sejam diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é muito menor.
Por isso, os especialistas da Endoscopia Digestiva e as autoridades de saúde definiram o mês de março para fazer uma conscientização da população, estimulando a prevenção e o diganóstico precoce da doença.
“Em meio à grave pandemia da Covid-19, precisamos reforçar que exames e tratamentos de diversos tipos de cânceres, incluindo o colorretal, precisam ser feitos, com todos os protocolos de segurança necessários. Isso porque muitas vezes esses tumores malignos podem ser fatais ou trazer sérias complicações à saúde. É preciso correr contra o relógio”, alerta a campanha da SOBED.
Ainda que seja uma doença considerada grave, o presidente da SOBED MG diz que o câncer colorretal tem cura. Mas faz uma ressalva ” Quanto mais cedo iniciar o tratamento, mais chance de cura.As chances são diretamente relacionadas à fase do tumor quando o diagnóstico é feito. Essa probabilidade pode variar de 10 a 95%. Após o tratamento é preciso manter um acompanhamento, diz Dayrell.
O câncer colorretal
O câncer colorretal (CCR), que atinge o intestino grosso ou o reto, é um dos tumores malignos mais frequentes e que mais mata em todo o mundo. Pessoas com o maior risco são as que têm familiares com a doença, as que possuem hábitos de vida pouco saudáveis e homens e mulheres acima de 45 anos.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou para 2020, o surgimento de 17.380 casos novos de câncer colorretal em homens e de outros 18.980 em mulheres. O risco é do surgimento de 16,83 registros a cada grupo de 100 mil pessoas do sexo masculino e de 17,90 registros por 100 mil do sexo feminino.
Prevenção
- Evitar o tabagismo e o uso exagerado de bebidas alcoólicas;
- Fazer atividade física com regularidade;
- Ter uma alimentação rica em fibras e livre de alimentos ultraprocessados e açúcares, com ingestão reduzida de carnes vermelhas;
- Estar em dia com consultas médicas;
- Fazer o rastreamento, que é a procura de uma doença em pessoas que não têm sintomas. Ele é indicado pois facilita o diagnóstico de lesões que antecedem o câncer.
Diagnóstico
Quanto mais rápido o diagnóstico e o início do tratamento, mais chances de cura.
São sintomas do câncer colorretal:
- sangue nas fezes;
- alteração do hábito intestinal com diarreia, intestino preso ou alternância entre diarreia e intestino preso;
- dor abdominal, com cólica e emagrecimento sem uma causa conhecida
Tratamento
O tratamento depende da fase da doença. Ele pode ser endoscópico com remoção do tumor por meio de colonoscopia ou, nos casos mais avançados, pode ser necessário cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Para um tratamento de sucesso é fundamental seguir as recomendações médicas. O quanto antes iniciá-lo, melhor. Novas tecnologias como aparelhos de endoscopia que permitem a identificação e o tratamento de lesões de forma segura e eficaz contribuem muito.
* Com dados da SOBED-MG