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CRÍTICA: “ME TIRA DAQUI” – A SITCOM QUE MISTURA DIVERSIDADE E CULTURA SUL-COREANA

Imagem: divulgação / Netflix

Helena Serpa *

“Me Tira Daqui” (So Not Worth It) pode se resumir em uma palavra: espirituosa. Em tempos difíceis, a nova série original da Netflix chega no momento exato para nos relembrar que a felicidade pode estar nos detalhes, inclusive nas pessoas com quem convivemos.

Com um elenco diverso e uma temática leve quando comparada aos famosos dramas importados da península coreana, “Me Tira Daqui” é escrita por Seo Eun-jung e Baek Ji-hyun, dirigida por Kwon Ik-joon e Kim Jung-sik, e conta com 12 episódios de 30 minutos cada. É uma história colorida e agradável que vale a pena ser assistida.

Na sitcom, destinos se cruzam pelos corredores de uma residência estudantil em Seul, que é habitada por jovens de todo o mundo. Entre eles está Se-wan (Park Se-wan), a consultora do dormitório; A geniosa estudante americana Carson (Carson Allen); Jamie (Shin Hyun-seung), um americano que acaba de desembarcar no local; Hans (Joakim Sorensen), um estudante sueco virtuoso; Terris (Terris Brown), um “pegador” de Trindade e Tobago; A tailandesa Minnie (Minnie), fã dos dramas coreanos; Sam (Choi Young-jae), australiano, filho do presidente de uma cadeia alimentar global.

E por fim, Hyun Min (Han Hyun-min), um garoto de ascendência africana que precisa se deslocar cinco horas por dia para chegar à universidade e que vai fazer de tudo para arrumar um quarto na tão desejada residência. Novos amigos, novos amores e novas experiências

surgem à medida que todos eles aprendem a conviver com suas diferenças e conseguem se entender.

Imagem: divulgação / Netflix

Logo no primeiro episódio deparamo-nos com uma surpresa positiva: a diversidade. A Coréia do Sul, que já foi palco de polêmicas preconceituosas, fez com que muitos turistas perdessem seu encanto pela terra do K-pop. Entretanto, logo de cara, deparamo-nos com quatro protagonistas de características ocidentais, tendo dois negros. Dessa forma, é possível averiguar e se alegrar com o progresso nas criações midiáticas do país, que após inúmeras manifestações, felizmente vem mudando.

A sonoplastia encanta. As melodias dançantes, em especial a música de abertura So Not Worth It cantada pelo artista Young-jae, quando combinadas com os cenários coloridos e bem construídos da produção, dão a sensação que estamos na cena dançando com os personagens, confirmando o clima jovial e divertido do seriado.

A série termina com gostinho de quero mais, e com possibilidades abertas para uma continuação, mostrando que a nação dos dramas românticos cheios de reviravoltas também consegue migrar para outros gêneros, entregando comédias jovens de qualidade.

* É estudante de Comunicação – Jornalismo da UFSJ e produziu este texto sob a orientação do professor Paulo Caetano, durante a disciplina remota de Produção Textual.

Os artigos de opinião e colunas publicados não refletem necessariamente a opinião do portal Notícias Gerais.

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