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CRÍTICA: “ROGAI POR NÓS” – UM FILME DE TERROR RELIGIOSO NÃO TÃO IGUAL A TODOS OS ANTECESSORES

Imagem: divulgação / Sony Pictures Brasil

Hugo Corrêa

Rogai por Nós (The Unholy) é um filme de terror e suspense norte-americano lançado em Maio de 2021 no Brasil, dirigido por Evan Spiliotopoulos, conhecido pela direção geral de Hércules (2014) e direção de vídeo da animação musical O Rei Leão (2004). O longa-metragem estreia Jeffrey Dean Morgan no papel principal, conhecido popularmente por sua atuação como o vilão Negan da série de televisão The Walking Dead.

A trama gira ao redor do protagonista Gerry Fenn, um ex-jornalista de grande sucesso que foi ostracizado por seus colegas de profissão e demitido após inventar notícias, tendo que sobreviver como freelancer para jornais pequenos. Após receber uma indicação de história a ser coberta na área rural de Boston que acaba não sendo interessante o suficiente para uma matéria, Gerry ouve boatos sobre Alice, uma jovem muda que começou a falar após se aproximar de uma árvore, e diz que Maria, mãe de Jesus havia lhe dado uma missão.

Após Gerry cobrir um milagre ao vivo feito por Alice, a pequena área rural vira capa de jornais pelo país. Dois membros do Vaticano, junto com o padre da cidade, são incumbidos de investigar a veracidade da situação e usam Glenn como um observador imparcial dos testes, por ele não ser religioso. Logo fica claro que a suposta entidade que conversa com Alice não é a mãe de Jesus, e que ela tem seus próprios planos.

O filme por diversas vezes acaba usando os mesmos velhos clichês de terror e elementos religiosos que todos já estão cansados, como os famosos ‘‘jumpscares’’ para assustar o espectador desprevenido, o espírito vingativo que assola a cidade e motivos simplistas para as ações do antagonista. Contudo, a história não é feita para ser profunda, a velocidade dos acontecimentos flui bem dentro do tempo do filme e os personagens humanos são bem construídos e multidimensionais, não caindo em estereótipos simplistas.

Temas como fé, ceticismo e integridade de profissões são tocados, mas nunca profundados ou mostrados de um jeito que diga ao espectador o que ele deve achar sobre o assunto, o que é certo e o que é errado. É um filme que pode ser visto sozinho para refletir depois ou junto com amigos e parceiros amorosos para um divertimento momentâneo.

* É estudante de Comunicação – Jornalismo da UFSJ e produziu este texto sob a orientação do professor Paulo Caetano, durante a disciplina remota de Produção Textual.

Os artigos de opinião e colunas publicados não refletem necessariamente a opinião do portal Notícias Gerais.

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