Redação
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O professor aposentado do Departamento de Psicologia da UFSJ, Carlos Henrique de Souza Gerken, morreu na manhã deste sábado (17) em decorrência de complicações da Covid-19.
Aos 63 anos, ele não chegou a tomar a vacina: foi infectado antes e, após lutar por mais de dois meses contra a doença, acabou sucumbindo.
Gerken foi velado e sepultado no Cemitério da Colina, em Belo Horizonte.
Confira a nota de pesar publicada pela UFSJ:
NOTA DE PESAR
Recebemos, com pesar, a notícia do falecimento do professor Carlos Henrique de Souza Gerken, na manhã deste sábado, 17 de julho, em decorrência de complicações da covid-19, após longos meses de internação em Belo Horizonte.
Ainda nesta semana nos perguntávamos como estaria o Gerken, talvez um ardil da memória para a despedida que se aproximava. Ele gostava de se definir como “um homem extenso”, sólido, parecendo abrupto, mas que tocava violão com boa voz para os colegas de trabalho, e topara ser Papai Noel no nosso primeiro Café com Você sem o professor Ivis Bento de Lima.
Bacharel em Psicologia pela UFMG, onde também fez Mestrado em Educação, mesma área de seu doutoramento (Psicologia da Educação), pela PUC-SP, Gerken foi pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação na UFSJ de 2004 a 2008. Começou sua carreira em São João del-Rei em junho de 1990, no Departamento de Psicologia.
Além das atividades como professor, exerceu os cargos de coordenador e chefe de Departamento, foi membro dos Conselhos Superiores, presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA), assessor especial da Reitoria na gestão da professora Valéria Kemp, tendo se aposentado em novembro de 2019.
Seu riso era fácil e franco, e é essa lembrança que levaremos nessa despedida, junto com as palavras de Daniel Munduruku, que rememoram também o trabalho de pesquisa de Carlos com os Xacriabás:
“Morrer é para nós um momento de muita tristeza. Quando um dos nossos morre, todos morremos um pouco. Mas morrer para nós não é uma coisa ruim. Não é ruim para quem morre, é ruim para quem fica porque sente saudade durante um longo tempo. Morrer é ir encontrar-se com nossos antepassados, que vivem bem longe daqui, na nascente do grande rio Tapajós. Lá, segundo nossa tradição, é a casa dos nossos primeiros pais e é local onde nos reunimos com eles.”