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NATAL NA PANDEMIA: SEM A VACINA, REUNIR OU NÃO?

No desenho, Jesus, vestido d branco e com um estetoscópio no pescoço, acalenta em seu colo uma menina que chora, vestida com um manto formado pelas bandeiras de todos os países do mundo.
Foto: Reprodução / Rede Social

Maura de Nazareth *

Não chegaram as vacinas. E agora o que fazer? O Natal está aí. Reunir ou não reunir?

Foram muitos os desafios durante toda essa pandemia, desde que começou, para nós, em março. Estamos caminhando nessas águas há quase um ano!

Passamos por feriados, aniversários, casamentos, desafios no trabalho, a perda dele, a necessidade de se reinventar…

E em todos esses momentos demos um jeitinho, porque a esperança de tudo acabar, de tudo passar, era sempre maior.

Mas, agora está chegando o Natal. E ainda não temos a vacina.

Pelo menos no Brasil da confusão política que vemos todos dias a nos preocupar ainda mais. Na verdade, o que temos de concreto, de incontestável, é que a pandemia que não acabou. Que continua da mesma forma.

Agora menos misteriosa, porque já aprendemos como lidar com esse vírus, já sabemos mais sobre ele, já nos acostumamos com as máscaras e com as medidas necessárias para reduzir o risco de contaminação, já temos protocolos de tratamento da doença, que não curam, mas aumentam as condições de superação da doença e dos estragos que ela causa à nossa saúde.

E um pouco mais amena para aqueles que já tiveram a invasão do vírus em seus organismos, superaram e ficaram imunes, ainda que por um tempo apenas, sabemos… O desafio continua mesmo para os IGGs positivos, porque para eles essa imunidade tem dias contados, ou melhor, incontados… Ainda não sabemos até quando. E cada dia é um desafio. Porque provado já está que pode haver uma segunda contaminação e, quando isso acontece, a doença vem pior.

Então não vamos arriscar, nem mesmo os imunes.  Vamos continuar nos protegendo e protegendo o outro, principalmente aquele outro que nos é mais próximo; nossos parentes, nossos amigos.

Flexibilizamos muitas coisas. Abrimos comércio, voltamos a ir às compras, a restaurantes, bares, alguns até  fazendo festas, viagem de férias etc.

Mas, a pandemia não acabou.

O que acabou foi a paciência de ficar em casa, de ver os empregos se esvaírem, negócios falirem, amigos e parentes serem internados, sofrer com as sequelas da doença ou partir…

Mas venhamos e convenhamos. Se pararmos para pensar, chegamos a seguinte conclusão: se suportamos até agora, se aguentamos tudo que já passamos, o mais sensato é aguentar mais um pouco, só mais um pouco!

Reinventados que estamos, parece ser bem mais fácil do que quando estávamos sob o medo, a tensão de não saber praticamente nada sobre nosso inimigo da vez, a mortal covid-19.

Falta pouco.  Agora é fato que vacinas estão quase prontas. Na terra da rainha já estão para começar a vacinar a população.

Agora podemos ter a esperança da imunidade pelas vacinas, porque antes era só utopia, esperança na qual nos apoiamos durante esses nove meses. Agora é concreto. Real. A esperança se reforça nos testes positivos que foram e estão sendo feitos, demonstrando sucesso de quase 100%. Claro que ainda precisa mais. Mas a esperança já se pauta em fatos.

Então vamos segurar, pessoal!

Vamos nos aquietar em nossas casas, vamos continuar saindo somente para o necessário e com toda segurança possível, máscaras, álcool 70%, muita água e sabão, distanciamento. 

Necessário é ir para o trabalho para quem não tem jeito de trabalhar em casa. Para uma compra quando não dá para fazer pelo telefone ou internet, uma compra de alimento, de remédio, de coisas essenciais. Atividade física ao ar livre, sem aglomeração e com máscaras. Para a escola, aqueles que decidiram voltar. No mais, vamos esperar mais um pouco.

O grande desafio do Natal

E o grande desafio está para chegar: o Natal, que é o momento em que queremos estar próximo dos entes queridos, festejar, fazer ceias, trocar presentes.

Vamos ser criativos, vamos fazer tudo isso com muito cuidado. Vamos ter o contato mínimo que pudermos com aqueles que não são do nosso grupo familiar de uma mesma residência. Vamos contatá-los como a gente tem feito: pelo celular, pelo computador, com o coração ao invés das mãos.

Vamos trocar presentes enviando-os uns paras os outros. Vamos ajudar o comércio nesse ponto. Incentivar o serviço de entrega, comprar os produtos e mandar entregar com um cartão com amoroso, criativo.

Vamos fazer diferente dessa vez. Um Natal diferente.

O mais importante será preservado: a união de almas, o amor, a celebração do nascimento de Jesus.

Assim, sem o contato físico parece desafiador manter o amor e união de uma família e de amigos também. Mas não é impossível, só diferente.  Vamos tentar!

Vamos ser criativos. A experiência talvez possa trazer uma aproximação ainda maior do que se estivéssemos juntos frente a frente… quem sabe…

A hora é de refletir, de ter calma, paciência. Ainda é hora de ter cuidado.

O Natal é novo desafio que temos pela frente e vamos superá-lo com segurança para que ele possa ser comemorado novamente em 2021 e não ser transformado em evento de despedida… da vida, da saúde, da consciência tranquila.

Em breve estaremos salvos pela vacina, se Deus quiser!

Calma. Sabedoria. Criatividade. Esperança. Tudo vai passar!

E que aqui estejamos para confirmar que passou.

*É mineira e vive em Brasília (DF).

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