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“PENSAR GLOBAL, AGIR LOCAL”: GRUPO DOA MÁSCARAS FEITAS EM IMPRESSORAS 3D PARA HOSPITAIS DE SJDR

Foto: reprodução

Carol Rodrigues
Notícias Gerais

Em São João del-Rei, um grupo se reuniu para propor uma solução alternativa à falta de equipamentos de proteção individual (EPI) nos hospitais da cidade: produzir máscaras em impressoras 3D.

Inspirados por movimentos semelhantes que ocorrem em grandes centros urbanos, como São Paulo e Belo Horizonte, eles já produziram mais de 40 equipamentos reutilizáveis e 100 descartáveis para serem usados pelos profissionais de saúde no combate ao novo coronavírus.

Eduardo Lopes, designer de produtos e professor em uma escola de tecnologia da cidade, foi quem idealizou o projeto e, logo, encontrou outras pessoas dispostas a atuar no desenvolvimento das peças. Hoje, a equipe é bem heterogênea, sendo constituída por oito pessoas – entre professores, alunos e microempresários. Eles não possuem nenhum apoio governamental.

Até o momento, são três impressoras 3D trabalhando dia e noite na impressão das máscaras. No início, a equipe não contava com nenhum apoio financeiro externo e utilizavam os próprios materiais no processo. No entanto, por meio de uma campanha de financiamento coletivo online, o grupo arrecadou cerca de R$3 mil em 10 dias. “Vamos começar a comprar matéria prima para repor e fabricar mais”, explica Lopes.

Tipos de máscaras produzidas

O modelo impresso é composto de uma haste feita de filamentos ABS, impressa na 3D – que prende a máscara na cabeça da pessoa – e um “escudo” de acetato, que protege o rosto. Essa estrutura de proteção deve ser trocada caso haja alguma contaminação, mas o suporte feito na impressora 3D é reutilizável e pode ser esterilizado. A dificuldade é que cada equipamento leva cerca de três horas para ser finalizado.

Além das máscaras reutilizáveis, o grupo também produziu em torno de 100 máscaras descartáveis, feitas inteiramente de acetato, para serem utilizadas de forma provisória até que mais peças 3D sejam feitas. “Esse modelo está sendo testado e foi uma forma que encontramos para agilizar a produção. Em 30 minutos, são cortadas cerca de 100 peças dessa, fazer 100 peças impressas são cerca de 300 horas”, esclarece o idealizador.

A intenção é que, por enquanto, médicos e outros profissionais que tenham contato direto com os pacientes utilizem os modelos 3D reutilizáveis. Enquanto as máscaras descartáveis serão usadas por trabalhadores que não precisam estar tão próximos de pessoas com suspeita ou confirmação de COVID-19, até que a produção 3D aumente.

O grupo já entregou, ao todo, mais de 100 máscaras para a Santa Casa e Hospital das Mercês. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) receberá a próxima remessa: cerca de 48 equipamentos.

Foto: reprodução

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