* Atualizada – 11/7 – 21h34 – Com a repercussão do caso, Angélica vai realizar, gratuitamente, a cirurgia em São Paulo. Para saber mais, clique aqui.
Carol Rodrigues
Notícias Gerais
A violência doméstica faz mais uma vítima em São João del-Rei. Angélica Maria Oliveira Dantas foi agredida pelo irmão há cerca de um mês e agora precisa juntar cerca de R$50 mil em menos de 15 dias para não perder parte da visão.
Como saldo da briga, Angélica ganhou uma série de fraturas nos ossos e músculo do olho esquerdo. Caso não seja operada rápido, o perigo é que o ela fique com diplopia – visão duplicada – para o resto da vida.
Agressão
No dia 29 de maio, durante uma discussão de família na casa da mãe, a estudante de educação física Angélica Dantas foi agredida pelo irmão. A briga evoluiu do verbal para o físico quando a mulher tentou ir embora com o filho de oito anos e homem se opôs.
“Ele não é nem pai dos dois filhos dele e queria cuidar do meu”, conta Angélica. Durante o embate corporal, a estudante conseguiu se desvencilhar do irmão. “Ele caiu de frente e enfiou o pé na minha cara”, relembra.
Como consequência, além de feridas por uma mordida no braço, arranhões e cabelos arrancados, a estudante teve os ossos ao redor do olho esquerdo fraturado e perda da sensibilidade em toda a parte esquerda do rosto.
Quando Angélica conseguiu sair da casa da mãe e chegar a sua, percebeu que havia esquecido o celular. Ela pediu para que uma amiga fosse buscar, “quando ela chegou na casa da minha mãe, ele avançou na minha amiga e disse que se eu chamasse a polícia ia me matar”, conta.
Denúncia
A estudante diz que o Boletim de Ocorrência foi feito no mesmo dia, assim como exame de corpo de delito. Além disso, a polícia a encaminhou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para fazer um raio-x.
“Minha mãe na delegacia ficou contra mim, queria me denunciar, não sei pelo que”, conta. De acordo com Angélica, o irmão foi preso e solto no mesmo dia. “Disseram que pagou a fiança”, relata.
Complicações
Com a pancada que levou no olho, Angélica ficou com a vista comprometida. Como o inchaço e a visão duplicada não melhoravam, uma oftalmologista receitou que ela pingasse um colírio durante 15 dias.
Mesmo depois do tratamento, a diplopia não passou e Angélica pulou de médico para médico até que veio o diagnóstico: os ossos da órbita esquerda estavam fraturados e o músculo do olho, comprometido.
Cirurgia
Para resolver o problema, é necessário fazer uma cirurgia. Porém, as operações que não são consideradas de urgências estão suspensa devido à pandemia do novo coronavírus e, então, Angélica ainda não conseguiu que o procedimento seja liberado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O problema é que a estudante precisa que a cirurgia seja realizada rápido porque, quanto mais a demora, mais a possibilidade de que o músculo se atrofie e seja irreversível. Caso isso aconteça, Angélica ficará com visão duplicada para o resto da vida.
“Foi o que me assustou muito porque eu uso óculos e ele não funciona desse jeito. A médica falou que a única opção era eu usar tampão para sempre e não é uma coisa que eu quero viver”, diz.
Para conseguir a cirurgia de forma particular, Angélica Dantas precisa juntar cerca de R$50 mil em menos de 15 dias. Para isso, ela criou uma vakinha online que você pode acessar e contribuir clicando aqui.
Mesmo tentando juntar dinheiro para fazer a cirurgia de forma particular, a Angélica também estuda a possibilidade de entrar com uma liminar para que o procedimento possa ser feito pelo SUS, mesmo com a suspensão temporária.
“Se eu conseguir fazer pelo SUS, vou doar o dinheiro que eu consegui para outra mulher que precisar, repassar todo esse apoio que está sendo dado a mim”, completa.
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