Início Gerais O RITMO DE DEMISSÕES DIMINUIU NO MÊS DE MAIO EM SJDR, SEGUNDO...

O RITMO DE DEMISSÕES DIMINUIU NO MÊS DE MAIO EM SJDR, SEGUNDO DADOS DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA

Igreja de N.Sra das Mercês
(Foto: André Frigo)

André Frigo
Notícias Gerais

O ritmo das demissões diminuiu no mês de maio em São João del-Rei, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nessa segunda (29) pelo Ministério da Economia. No mês aconteceram 192 admissões com carteira assinada, porém 390 pessoas perderam seus empregos formais.

No comparativo com o mês de abril houve 21% a mais de contratações, enquanto o número de demissões caiu de 644 para 390, o que representou uma redução de 60% no total. Entretanto, o acumulado dos cinco primeiros meses do ano aponta que 905 pessoas estão sem empregos registrados formalmente.

Presidente da ACI analisa a situação

O presidente da Associação Comercial e Industrial de São João del-Rei (ACI-del Rei), José Egídio de Carvalho, em entrevista exclusiva para o Notícias Gerais demonstrou pessimismo quanto a possibilidade de melhoria desse quadro.

“Desses 905 que perderam o emprego, não existe a menor perspectiva, no momento, de buscar outra alternativa. E as que existem são infinitamente pequenas, são muito raras. Porque, principalmente agora, com esse abre e fecha, nós não temos perspectiva de mais nada”, afirma Egídio.

Para o presidente da ACI, a falta de definições das autoridades estaduais e municipais para combater o avanço da Covid-19 é um fator agravante do avanço do desemprego. “Você abre a loja hoje, como nós abrimos na onda branca, para quando chegar no final de semana o governador muda a onda, o prefeito baixa um decreto e fecha tudo. Então você não pode contratar, você não pode comprar, você não pode fazer compromissos”, argumenta.

José Egídio mostra ceticismo quando analisa a situação do emprego em São João del-Rei nos meses de junho e julho. Ele acredita que nas próximas divulgações do Caged os números de desempregados formais deve aumentar.

“A tendência, infelizmente, é de agravar muito. Porque muito das lojas estão abertas porque estão nesse momento amparadas pelo programa do governo. Mas esse programa tem data para terminar e quando terminar o programa, vai haver um aumento muito grande de desempregados em relação ao que aconteceu nesse primeiros meses”, acredita ele.

Egídio sai em defesa dos associados declarando que “a gente continua insistindo na tese de que, infelizmente, o comércio é que está pagando a conta”. Ao mesmo tempo que questiona os critérios das autoridades para determinar o que pode e o que não pode funcionar durante o isolamento social devido a pandemia.

“Aqui em frente da minha casa tinha fila para o Bradesco, fila para o Banco do Brasil, fila para caixa lotérica que estavam tomando conta da rua inteira. […] Tem muita coisa que está fechada que não tem uma justificativa plausível, que poderiam estar funcionando normalmente. Porque hoje cada portinha aberta é menos um problema social”, defende.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui