

Redação
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Em vídeo publicado na tarde desta quinta (18), Abraham Weintraub anuncia a sua saída do Ministério da Educação. Há mais de 14 meses, ele fazia parte da equipe ministerial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
No comentário feito em seu perfil no Twitter, Weintraub disse: “agradeço a todos de coração, em especial ao presidente Jair Bolsonaro. O melhor presidente do Brasil. LIBERDADE!”.
Já no vídeo, que tem pouco mais de três minutos de duração, o então ministro da Educação aparece ao lado de Bolsonaro. Em seguida, disse estar emocionado e manda um agradecimento às pessoas que assistem ao vídeo, “pelo todo apoio e carinho” dado ao próprio Weintraub e a sua família.
“Eu achava que tinha pouco Weintraub aqui no Brasil, mas está, cada vez mais, eu sinto que vocês fazem parte da minha família e, hoje, eu acho que tem muitos Weintraub. Muito obrigado”, brincou.
Segundo ele, o período de transição ao próximo ministro da Educação – interino ou definitivo – inicia “agora”. O economista preferiu não abordar “os motivos da saída”, mas apontou que já tem destino certo: vai trabalhar no Banco Mundial.
“Com isso, eu, a minha esposa, os nossos filhos e até a nossa cachorrinha Capitu… a gente vai poder ter a segurança que hoje está me deixando muito preocupado, comentou Weintraub.
Confira o vídeo, na íntegra, onde Weintraub anuncia a sua saída:
Recentes polêmicas
A confirmação da saída de Weintraub do Ministério da Educação vem depois de semanas em que o economia se envolveu em uma série de polêmicas.
No início da pandemia de Covid-19 no Brasil, as atividades escolares presenciais de todo o país foram suspensas, mas o então ministro teimou em manter as datas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), prova que configura-se como principal forma de entrada às instituições de ensino público superior, o que preocupava estudantes do Brasil.
Uma campanha de adiamento do ENEM mobilizou parte dos brasileiros e, em 20 de maio, o MEC divulgou a mudança das datas do exame.
Outra polêmica que marcou os últimos meses de Weintraub na equipe de Bolsonaro ocorreu após a exposição de um vídeo de reunião ministerial, onde o economista atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, o economista chegou a sugerir que, por ele, “colocava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”.
No momento, ele é investigado no inquérito das fake news e também pelo crime de racismo, após um post no Twitter feito sobre a população chinesa.
Recentemente, Weintraub chegou a receber uma multa, do Governo do Distrito Federal, após participar de uma manifestação sem o uso de máscara – obrigatória no DF.