Início Gerais Cotidiano AOS 34 ANOS, FUNCIONÁRIA DA MARLUVAS MORRE POR COMPLICAÇÕES DA COVID-19

AOS 34 ANOS, FUNCIONÁRIA DA MARLUVAS MORRE POR COMPLICAÇÕES DA COVID-19

Imagem: reprodução / Freepik

Redação
Notícias Gerais

Na última terça (20), o Notícias Gerais noticiou que a Marluvas, empresa de equipamentos de segurança sediada em Dores de Campos, estava com sete de seus funcionários infectados pelo novo coronavírus e outros 39 afastados, com suspeita de estarem diagnosticados com a doença. Um desses sete funcionários era a barrosense Juliana Santos, de 34 anos, que veio a óbito na manhã desta sexta (23).

Ela estava internada no Hospital de Campanha de Conselheiro Lafaiete, para onde foi transferida na última quarta (21). Até então, Juliana estava sob atendimento, desde 18 de abril, no Hospital de Barroso. Ela não apresentava comorbidades. Este é o 21º óbito provocado por complicações da Covid-19 que foi registrado pela administração municipal.

“Com muito pesar que recebemos a notícia”

O NG entrou em contato com a assessoria de comunicação da empresa, que lamentou o falecimento da colaboradora e reforçou as medidas de segurança que a empresa vem adotando. “Foi com muito pesar que recebemos a notícia. Estamos fazendo tudo da melhor forma para proporcionar um ambiente de trabalho com segurança para os colaboradores. Estamos trabalhando em três pilares, que são envolvem a saúde, a parte emocional e a empregabilidade”.

A assessoria também declara que a empresa toma todas as medidas recomendadas para a evitar a transmissão da doença entre seus funcionários – e, portanto, a princípio, não haverá uma mudança de rotina, mas está sempre ouvindo os colaboradores. “Temos uma grande abertura de diálogo com os colaboradores, com pontos de fala para eles se exprimirem e dialogarem inclusive com a diretoria”, declara a assessoria de comunicação.

A assessoria ainda explica que a empresa também iniciou um programa de conscientização e prevenção junto à comunidade, que consistirá na distribuição de uma cartilha impressa, com uma nota à comunidade, na qual é destacado que, “Por oferecer itens indispensáveis à segurança dos trabalhadores, a Marluvas conta com permissão legal para
continuar sua operação, sendo essencial no combate ao Coronavírus”. Na publicação, a empresa também mostra suas principais ações de combate à doença e os apelos dos clientes que dependem de seus equipamentos para cumprirem sua missão: seja tratando os doentes, abastecendo supermercados ou postos de gasolina.

A empresa relembra as mesmas medidas preventivas que foram informadas na reportagem do NG e também pontua as ações sociais que desenvolveu ao longo da pandemia, como doação de mais de três mil pares de calçados para cerca de 50 hospitais e outras instituições de saúde, doação de termômetros para órgãos públicos e de insumos hospitalares para o hospital de Barroso e de Prados.

4 COMENTÁRIOS

  1. As medidas preventivas são extremamente necessárias, principalmente em empresas, em que não há muito ventilação e as pessoas trabalham muito próximas. É bom que a empresa tenha despertado para isso, uma vez que os ônibus que transportam seus funcionários estão sempre lotados. Inclusive hoje, dia em que Juliana morreu. A limpeza das máquinas e ambientes devem ser realizadas diariamente, visto que todos os dias funcionários são afastados para isolamento. Outra medida que seria realmente de segurança seria a testagem dos funcionários dos setores em que ocorreram casos de contaminados. No setor da Juliana, por exemplo, uma funcionária foi afastada e os seus companheiros não foram isolados, nem testados. Infelizmente vidas já se perderam. O trabalho é essencial, mas os funcionários de empresas assim merecem um ambiente de trabalho seguro. Porque mão- de -obra é facilmente substituída, mas vidas jamais. Que cada faça a sua parte.

  2. Juliana morreu hoje e infelizmente, será apenas mais um número para a empresa, visto que outros funcionários tbm vieram a falecer e nenhuma medida foi tomada. Gravodas foram proibidas de falarem em carona vírus, foram ameaçadas, e impossibilitadas de serem dispensadas de suas tarefas, alegando que dentro da empresa elas estariam mais seguras que fora. Poderiam facilmente fazer testes em massa na empresa, alegam que fazem, mas não fazem. Até onde o dinheiro irá falar mais alto que vidas? É revoltante a situação!

  3. Se eu fosse funcionário da empresa, organizaria um abaixo assinado, ou iria propor uma greve passifica! Tamo falando de vidas

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