(Foto: divulgação)
Redação
Notícias Gerais
Com a aproximação do feriado do Dia de Finados, muitas pessoas estão se programando para viajar e sair de casa por uns dias. No entanto, é preciso lembrar que mesmo que o isolamento social já esteja flexibilizado em muitas regiões, as medidas de distanciamento e prevenção – como o uso de máscara e álcool gel – ainda devem ser aplicadas.
Pensando nisso, uma boa opção para quem quer viajar, mas ainda sim evitar o contato com aglomerações em hotéis e pousadas, têm sido os aluguéis de casas, chalés e sítios por temporada.
Esse tipo de empreendimento tem crescido recentemente, mas, assim como o comércio em geral, passou por período difícil devido a pandemia da Covid-19.
Maeise Aparecida Araujo Melo Carvalho é proprietária de um sítio em Ibertioga – MG e uma casa Caraguatatuba – SP. Ela conta que, desde março, não estava conseguindo alugar nenhum dos imóveis, mas recentemente a casa no estado paulista tem sido requisitada todos os finais de semana e, desde o feriado do dia 12 de outubro, a demanda pelo aluguel do sítio em Ibertioga voltou a surgir.
Assim como muitos proprietários de imóveis para temporada, Maeise aluga suas acomodações utilizando o Airbnb como intermediário. O site, uma das maiores comunidades de viagens do mundo, tem todo um protocolo de segurança e prevenção contra a Covid-19.
“A gente recebe de máscara, passa álcool. Depois que eles vão embora a gente faz toda uma higienização da casa inteira, com cloro, com álcool, coloca as coisas no sol. No site tem o passo a passo direitinho falando o que a gente tem que fazer”, esclarece.
Ela já trabalhava com o site antes da pandemia, alugando a casa em Caraguatatuba. Já o sítio em Ibertioga passou a ser alugado após a instalação de uma piscina no local. A proprietária tem planos de investir em outras melhorias para o local.
“O pessoal às vezes acha caro o aluguel, mas eles não sabem o quanto de investimento tem por trás. Eu ainda quero rebocar lá desde o começo, quero colocar um ofurô perto da piscina, tenho várias ideias”, revela Maeise.
Daniel Wiles Dias, psicólogo, é proprietário de um sobrado para aluguel em Tiradentes. Ele e a família são moradores da cidade e construíram o imóvel já com intenção de alugá-lo para visitantes.
Com espaço para até seis pessoas, o sobrado recebe – principalmente – famílias. Após um período sem locação por causa da pandemia da Covid-19, Daniel revela que a procura pelo espaço voltou a subir recentemente.
“Algumas pessoas dizem que querem um espaço onde não precisem dividir o bufê com outros hóspedes. E eles mesmo notam… porque o máximo de lotação tem que ser de 50%, né? Mas aí chega lá e todos os quartos do andar estão ocupados”, comenta.
Para ele, a tendência é que cresça a demanda por espaços como esses – já que, mesmo que a crise sanitária não tenha terminado, a flexibilização – após meses de isolamento domiciliar – deixa as pessoas ávidas por viajar, relaxar e passar algum tempo fora de suas casas.
Também em Tiradentes, a administradora Alice Brandão, e família, dispõe de três edificações, uma ao lado da outra, para aluguel por temporada.
A matriarca da família já atua nesse ramo a vários anos e chegou o comandar uma pousada no local no final dos anos 90, após isso o sobrado “central” da propriedade já tem sido colocado para aluguel nos últimos anos.
No final do ano passado, a reforma de um dos outros espaços foi concluída e agora ele também está disponível. “Nós buscamos trabalhar nesse sentido de trazer turistas que fiquem mais à vontade em casas que são próprias, em casa que eles se sintam no seu lar”, diz Alice.
Uma das particulares desses imóveis é que a família dona da casa compartilha do mesmo ambiente que os hóspedes. “É um ambiente familiar, mas a gente gosta muito de receber, somos muito hospitaleiros, gostamos muito de fazer as amizades. A gente se sente muito à vontade para abrir as portas do nosso cantinho”, sinaliza a proprietária.
Desde março, com a cidade fechada para o turismo, o empreendimento familiar teve caixa zero. A partir de agosto, com a flexiilização do isolamento e das atividades turísticas, a demanda pelos aluguéis voltou a subir, em parte vinda dos trabalhadores que estão fazendo home office.
“Tem pessoas procurando lugares mais tranquilos, onde eles trabalham mais a vontade”, conta Alice. Mesmo sem ser o caso dos seus imóveis, ela afirma que muita gente conseguiu fechar aluguéis por um período de tempo maior que o usual, de até dois meses.
A casa que já era alugada há mais tempo continua disponível nos sites de aluguéis por temporada, mas os proprietários pretendem investir em meios de divulgação próprios. Já os outros imóveis estão sendo alugados diretamente com os donos e a divulgação está sendo feita no “boca a boca”, sendo realizada para, e por meio de, amigos e conhecidos.
Sobre as medidas de prevenção da Covid-19, Alice destaca que “o hóspede recebe o apartamento limpo e higienizado e ele fica por conta de fazer toda a manutenção até que entregue as chaves novamente para a gente. Aí a gente faz de novo a limpeza seguindo os protocolos que são recomendados para a Covid-19”.
Mesmo com a pandemia ainda em andamento, as expectativas da proprietária de imóveis para esse tipo de empreendimentos são boas, principalmente, quando se ressalta os benefícios do aluguel de casas já montadas, que já tem toda uma estrutura pronta e “é só chegar”.
Tanto que para o final de ano, já tem sido percebida na cidade uma demanda de grupos de amigos que querem sair das capitais e passar o fim de ano juntos, com o adiamento dos grandes eventos e impossibilidade das festas de Ano Novo serem realizadas de forma usual, uma das opções será esses eventos mais particulares, onde serão possíveis “aglomerações mais íntimas”, como diz Alice.
Serviço
Informações sobre os últimos imóveis citados estão disponíveis aqui. O sobrado alugado por Daniel Dias e o sítio da Maeise, em Ibertioga, podem ser alugados via Airbnb.
