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ARTIGO: SEMANA SANTA OU “SANTA SEMANA”?

Mauro Luiz do Nascimento Júnior *

2019, o ano em a Terra parou por causa de uma pandemia. Mas o que é isso chamado “pandemia”? De acordo com o Dicionário Aurélio: “Doença epidêmica amplamente difundida”. Traduzindo para o senso comum, doença infecciosa que se alastrou em muitas pessoas e por todo o globo terrestre.

Mas qual o motivo dessa apreensão? Não é esse o mundo da alta tecnologia? As grandes potências já devem ter a cura, ou não? Não! Tal pandemia abalou os alicerces do mundo e colocou em dúvida muitas certezas que até então eram indubitáveis.

Mas logo na Semana Santa? Infelizmente! Mas de certa maneira, num momento mais que “oportuno”. Obviamente que alguém em sã consciência não desejaria isso de maneira alguma, no entanto, para o catolicismo abarca questões essenciais quanto ao modo de proceder de seus fiéis.

Enquanto católico, estou sendo fiel aos ensinamentos de Cristo ou algum messianismo? Sou católico somente na Semana Santa? Sou católico somente nas missas? Sou católico no macro do meu cotidiano? Sou católico mas esse papa não me representa? Ou, sou católico como convenção social?

É um momento de interioridade, de interpelar o modus vivendi e diante disso, cabe alguns questionamentos: Enquanto católico, estou sendo fiel aos ensinamentos de Cristo ou algum messianismo? Sou católico somente na Semana Santa? Sou católico somente nas missas? Sou católico no macro do meu cotidiano? Sou católico mas esse papa não me representa? Ou, sou católico como convenção social?

“Para que eu seja protegido, preciso proteger os outros. A conta do nosso egoísmo chegou, cara e sem nenhum desconto”. (Foto: Najla Passos)

Enfim, são vários os questionamentos, entretanto, as respostas devem “gritar” dentro de si, interpelando os incômodos existenciais que muitas das vezes não se observa por estar vivendo uma vida no automático.

Certamente será uma Semana Santa inesquecível, para o bem ou para o mal, mas sem dúvida, uma “santa semana”! Santo Agostinho disse “que do mal da para se extrair o bem”, se considerar o egoísmo um mal, futuramente poderemos ser menos egoístas.

Por fim, termino essa breve reflexão com um fragmento de um artigo publicado pelo bombeiro Pedro Aihara, no célebre jornal El País: “Se antes bastava se cercar no próprio feudo e a guerra não chegaria ali, agora, para funcionar para mim, precisa funcionar para todo mundo. Para que eu seja protegido, preciso proteger os outros. A conta do nosso egoísmo chegou, cara e sem nenhum desconto”.

* Mestrando em Metafísica e Ontologia Geral pela UFJF.

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