Redação
Notícias Gerais
Apesar de ter anunciado a intenção de avançar para a onda vermelha a partir desta segunda (12), o prefeito de Barbacena, Carlos Du (MDB), comunicou que a cidade vai permanecer na onda roxa – considerada a etapa mais restritiva e impositiva do programa “Minas Consciente”. A informação foi divulgada por meio de nota publicada nas redes sociais, no final da noite deste domingo (11).
No texto (disponível abaixo), o chefe do Executivo local indica que “Barbacena quer o equilíbrio, a harmonia entre saúde e economia e que suas lideranças dialoguem na busca pelo bem comum”, reforçando que estão mantidos os atuais protocolos estabelecidos pelo Comitê Extraordionário Covid-19. Nesta semana, conforme publicado pelo Notícias Gerais, a macrorregião Centro-Sul de Saúde, da qual Barbacena faz parte, foi classificada novamente na onda roxa.
Du ainda revela, no post, que irá se reunir com representantes do setor econômico, da assistência hospitalar, do Ministério Público e outras autoridades de referência: a ideia do encontro é encontrar “uma definição que atenda a necessidade gritante do momento”.
Du segue a recomendação do MP
A publicação feita pelo atual prefeito barbacenense segue a recomendação recebida pela administração municipal para que Carlos Du abandonasse as intenções de desrespeitar a decisão do “Minas Consciente”.
Na sexta (9), Du classificou a onda roxa como “totalmente ineficiente” e alegou que “não teve diminuição dos casos aqui (na cidade) desde o início da onda roxa”. Em outro trecho do comunicado audiovisual, ele pontuou que iria assinar um decreto para que fossem retomadas “todas as atividades, serviços, comércio” a partir da mudança de onda.
Entretanto, no sábado (10), o Ministério Público de Minas Gerais – por meio do promotor Rodrigo Silveira Protásio – emitiu uma recomendação para que o município permaneça no estágio mais restritivo do programa “Minas Consciente”.
Entre os motivos apresentados pelo MP está o fato de ocupação total dos leitos de terapia intensiva, que são mantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e reservados ao enfrentamento da pandemia, de três das quatro cidades polo que compõem a macrorregião.
O promotor também recordou-se que, ao aderir pelo “Minas Consciente”, a administração municipal deve manter “o respeito às regras estabelecidas para o programa”. Além disso, no documento, destacou-se que a onda roxa tem caráter impositivo “em qualquer localidade do Estado de Minas Gerais em que se fizer necessária e, independentemente da adesão do Município ao plano ‘Minas Consciente’”.
Nesse sentido, a promotoria recomendou, por exemplo, que a Prefeitura de Barbacena não edite atos normativos que levem, direta ou indiretamente, a onda vermelha do “Minas Consciente”, enquanto o Comitê Extraordinário Covid-19 não fizer essa deliberação.
Além disso, ficou solicitado para que o representante do Executivo barbacenense “faça, em 24 horas, em redes sociais, jornais e rádios, manifestação clara e inequívoca de que o município de Barbacena, enquanto participante do programa ‘Minas Consciente’, acatará as deliberações do Comitê Extraordinário Covid-19, submetendo-se às regras do programa”.
Com data deste sábado (10), no documento consta ainda o prazo de 24 horas para que Carlos Du enviasse à promotoria um e-mail informando que “o acatamento da presente recomendação, apresentado, em hipótese de negativa, os respectivos fundamentos”.
