Redação
Notícias Gerais
Quando as sacolinhas de lixo se destacam na paisagem da Rua Santo Antônio, uma das mais antigas e charmosas de São João del-Rei, pode ter certeza de que alguma coisa vai mal com a coleta de resíduos sólidos do município.
É das duas uma: ou o caminhão de lixo está muito atrasado… ou nem vai passar mais naquele dia.
Foi o que aconteceu neste sábado (18): no final da tarde, as sacolinhas penduradas por toda a extensão da rua desde as primeira horas da manhã ainda estavam no mesmo lugar.
Infelizmente, o fato acontece muito mais do que os moradores gostariam e impressiona os turistas que visitam à Rua Santo Antônio para conhecer a história da formação da cidade, em meio a seu traçado sinuoso e suas “casas tortas”.
Mas, enfim, por que as sacolinhas plásticas são cuidadosamente penduradas em preguinhos quase invisíveis nas belas e históricas fachadas das casas?
A resposta está na sabedoria popular. Como a rua é tombada como patrimônio histórico, as casas não podem ter suas fachadas alteradas por elementos arquitetônicos externos aos séculos 18. E as lixeiras estão incluídas entre eles.
A solução, portanto, é improvisar para que o lixo fique a salvo dos cachorros de rua.
História
Conhecida como a “Rua das casas tortas”, a Santo Antônio abriga muito da história de São João del-Rei, especialmente da história musical.
Nela está instalada a capela de Santo Antônio, a casa em que nasceu o padre José Maria Xavier, o mais renomado musicista são-joanense e as a sedes da Banda Teodoro de Faria e das orquestras bicentenárias Ribeiro Bastos (1790) e Lira São-joanense (1776).