Kamila Amaral
Notícias Gerais
O nome foi inspirado em um bar do Rio de Janeiro que encantou o jovem Francisco José Nisson, conhecido entre os amigos como Neném, há mais de 20 anos. Em São João del-Rei, o Amarelinho surgiu como restaurante em 1999, primeiro nas proximidades da rodoviária municipal, mas na última década tem ocupado o conhecido ponto na Avenida Leite de Castro.
Fechado para atendimento presencial desde o mês de março, o Amarelinho tenta se manter com a venda de marmitex em delivery ou para retirada na entrada do local. Mesmo se reinventando, tem sido difícil funcionar durante a pandemia.
O proprietário do local, Francisco José Nisson, estima que o faturamento caiu em 80%, no entanto, as despesas não diminuíram na mesma proporção. “Eu fiz o que pude para não demitir funcionário, usei a ajuda do governo para suspender os contratos enquanto foi possível e agora estou mantendo todos com carga de trabalho reduzida”, esclarece o dono.
Os atendimentos têm sido realizados, exclusivamente, por telefone. Tanto por falta de pessoal necessário para atender por outros meios quanto pelas particularidades do serviço. “Nós sempre temos um prato do dia como referência, mas às vezes a pessoa gosta de personalizar o pedido e, conversando por telefone, é mais rápido de atender”, explica Nisson.
O plano é se manter com as vendas por telefone enquanto for possível e voltar com o atendimento presencial assim que for seguro. “Não é um restaurante muito grande, mas tem bastante espaço e, assim, é triste ver ele vazio”, afirma o dono. Para ele, a pandemia e seus desdobramentos não devem ser o motivo do fechamento das portas depois de tantos anos. “Quero parar quanto decidir que estamos cansados e que é hora de se aposentar. Antes disso não”, confidencia.
Enquanto as portas não abrem, os clientes sentem saudades da comida saborosa e da simpatia do dono e dos seus funcionários. O restaurante, que é a cara da São João del-Rei alegre e hospitaleira que tanto encanta moradores e turistas, chegou a ser citado na enquete feita pelo Notícias Gerais, no início do mês, sobre o que as pessoas sentem mais saudades nesta pandemia.
