Wanderson Nascimento
Notícias Gerais
Alguns vereadores de São João del-Rei irão contestar a indicação da vereadora Rosinha do Moto Táxi (PSL) como integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Alimentos Vencidos em São João del-Rei.
Rosina foi nomeada à comissão que vai investigar possíveis irregularidades na compra, armazenamento e distribuição de alimentos pela Secretaria de Assistência Social, após a justiça determinar que o vereador Weriton Andrade (PSL) não poderia fazer parte desta CPI.
Na terça (1), durante reunião do Legislativo local, a vereadora Lívia Guimarães (PT) chegou a cobrar o andamento das atividades relativas à CPI dos Alimentos Vencidos. No dia seguinte (2), o presidente da Casa, Stefânio Pires (PSL), oficializou a saída do filho do prefeito e indicou o nome de Rosinha, que também faz parte do partido.
Vereadora é tia da secretária de Assistência Social e também faz parte da Mesa Diretora
Ao Notícias Gerais, a assessoria do vereador Igor Sandim (Podemos) já havia relatado que ele seria o único vereador apto a substituir Weriton, uma vez que foi indicado como liderança do partido em tempo hábil e não integra a Mesa Diretora, ao contrário de Rosinha – o que é vetado pelo regimento interno da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que rege a CPI em São João del-Rei, tendo em vista que o regimento da Câmara é omisso em relação às comissões de inquérito. A vereadora também não foi indicada como liderança do partido, como pontuam os trâmites da CPI.
“O pedido de mandado de segurança com o qual os vereadores de oposição entraram na justiça está embasado no artigo 78, que fala que o membro da mesa não pode fazer parte de comissão especial, ou comissão de inquérito. Então a Rosina, além de ser tia da secretária de Assistência Social, também fica impedida por fazer parte da Mesa Diretora, além de não ter sido indicada como liderança pelo partido, que, no caso, foi o vereador Weriton”, sinaliza.
Ainda de acordo com a assessoria, a oposição vai contestar a indicação de Rosinha dentro do processo que já está em andamento, uma vez que a Câmara, de acordo com o vereador Igor, não cumpriu o mandado de segurança, que engloba os quesitos citados acima.
“Com certeza haverá uma notificação ao presidente, ou por meio de algum documento por escrito, ou diretamente no plenário da Câmara, na reunião desta terça (8), mas isso não impede que os vereadores recorram ao processo que já está em andamento, questionando que não foi cumprido o mandado de segurança”, destaca.
