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CRÍTICA: FILME “LIGA DA JUSTIÇA” – SNYDER CUT

Imagem: divulgação

Paulo Santos *

O longa é uma sequência direta dos acontecimentos de Batman vs Superman, a Origem da Justiça retrata a formação da mais conceituada equipe de heróis de toda cultura pop, com a direção de Zack Snyder (300, Watchmen, Madrugada dos mortos). O filme conta com uma versão anterior (2017) dirigida por Joss Whedon, quando por questões pessoais, Snyder precisou deixar a produção. Em 2021, com sua versão definitiva, o filme nos mostra uma nova narrativa e finalmente apresenta aos fãs uma adaptação digna da Liga da Justiça.

A história conta com uma trama apocalíptica, na qual após a morte do Superman em combate, três artefatos antigos conhecidos como Caixas Maternas despertam e trazem uma nova ameaça aos nossos heróis. Somos apresentados ao vilão, Steppenwolf, cuja missão é reunir tais artefatos para que a terra seja invadida e conquistada por habitantes de seu planeta natal. Os personagens já apresentados anteriormente, Bruce Wayne (Batman) e Diana Prince (Mulher Maravilha), cientes do perigo iminente, reúnem uma equipe de seres com habilidades sobre-humanas para combater esse mal. São eles Cyborg, Flash e Aquaman, personagens já consagrados para o público.

É inevitável que comparações com o longa de 2017 sejam feitas, e diferente do anterior, o filme apresenta um arco sólido e coeso para todos os principais personagens, trazendo com isso maior identificação com os mesmos. O vilão tem motivações coerentes e bem definidas, o que nos transmite certa compaixão, ainda que sua missão seja aniquilar a vida na Terra.

Os personagens são bem desenvolvidos e transmitem uma ótima dinâmica quando em equipe, e sem dúvidas um dos pontos altos é Victor Stone, o Cyborg, personagem sem muito destaque na versão anterior, que praticamente recebe na versão definitiva seu filme de origem, sendo o coração da trama, trazendo certa carga dramática e funcionando como motor para todos os acontecimentos. Sua ligação com as Caixas maternas é essencial para o desenrolar do filme, e o personagem é o que tem melhor desenvolvimento na história contada.

Baixa saturação de cores e tons mais escuros são características marcantes no filme, afinal se trata de uma história apocalíptica. O diretor conta com um estilo único e trabalha muito bem suas cenas de luta. O filme traz coreografias impecáveis e cenas de ação que prendem o telespectador, além de fazer bom uso da classificação indicativa, usando a violência e palavrões em um tom, digamos, agradável.

Anteriormente, o diretor havia abandonado o projeto para cuidar de sua família, uma vez que sua filha Autumn Snyder, cometeu suicídio aos 20 anos em 2017, e com isso a direção foi repassada a outro diretor, que nos apresenta um filme costurado, sem alma. Após longas campanhas de fãs, o filme de 2021 marca o retorno de Snyder às produções cinematográficas, e à tão aguardada finalização do longa. Liga da justiça de Zack Snyder é feito de fã para fãs, não é apenas um filme, é uma celebração, uma conquista que atinge seu público de maneira eficiente.

* É estudante de Comunicação – Jornalismo da UFSJ e produziu este texto sob a orientação do professor Paulo Caetano, durante a disciplina remota de Produção Textual.

Os artigos de opinião e colunas publicados não refletem necessariamente a opinião do portal Notícias Gerais.

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