Caroline Santos Teixeira
Notícias Gerais
Mesmo em 2020, o Brasil ainda possui um abismo entre brancos e negros. A desigualdade, que surgiu ainda no período colonial da História Brasileira, atinge todas as esferas do Estado e é uma barreira que dificulta a ascensão social de pessoas pretas e pardas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que os negros são os mais afetados por situações como o desemprego, analfabetismo e violência.
A desigualdade também é refletida na política, uma vez que a maioria dos cargos de poder são ocupados por pessoas brancas. Segundo o IBGE, apenas 24,4% dos deputados federais e 28,9% dos deputados estaduais eleitos em 2018 são negros. Entre os atuais vereadores do país, 42,1% são pretos ou pardos. Na presidência o contraste também é visível, dos 38 presidentes que já governaram o Brasil, apenas um não é branco.
Regionalmente a sub representação do negro na política também é sentida, porém, a situação é menos desigual. Em Barbacena, considerando apenas as candidaturas para o cargo de vereador, 128 nomes declararam ser pretos ou pardos, 153 se autodenominam como brancos e dois se identificam como amarelos. Outros 12 candidatos não indicaram a sua etnia.
Apesar dos números ainda não atingirem uma igualdade absoluta, a discrepância entre as candidaturas brancas e negras não é escandalosa. Contudo, os dados voltam a demonstrar que a situação ainda está longe da ideal quando nos referimos aos concorrentes pelo Executivo de Barbacena: dos nove nomes registrados, sete se identificaram como brancos e dois como pardos. Nenhum candidato preto disputa a prefeitura barbacenense.