Kamila Amaral
Notícias Gerais
Em junho de 2020, São João del-Rei registrou a perda de 88 postos de trabalho formais. É o que diz o último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado, nesta terça-feira (29), pelo Ministério da Economia.
Na cidade, o número de contratações foi de 221, já as demissões foram 309. No mês de maio, a cidade havia registrado a perda de 198 postos de trabalho. No acumulado do ano, São João del-Rei já contabiliza a perda de 1.017 empregos formais.
Comércio
Os principais setores que movimentam a economia e a geração de emprego e renda na cidade são comércio e serviços. Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de São João del-Rei (ACI del-Rei) José Egídio de Carvalho, os números não são bons, mas as expectativas eram ainda piores.
“De uma maneira geral, o número de contratações formais diminuiu, mas a gente tem um número muito grande, muito expressivo, de trabalhadores informais, que estão sem nenhuma atividade”, destaca Carvalho.
Para a ACI del-Rei, outra preocupação é com o fim do Auxílio Emergencial disponibilizado pelo Governo Federal e o fim do seguro desemprego de boa parte dessas pessoas que perderam os empregos formais. “O que vai trazer de volta um pouco de normalidade é a retomada da roda da economia”, afirma o presidente.
Carvalho assinala também que são grandes as expectativas em relação a reestruturação do programa Minas Consciente, elaborado pelo Governo do Estado. “A nossa reivindicação é o desdobramento das macrorregiões em microrregiões, para que isso possa facilitar cidades pólos, como São João del-Rei, que tenham um tratamento diferenciado”, ressalta.
O presidente da ACI del-Rei deu destaque também para uma pesquisa do Sebrae que aponta que 40% das atividades econômicas que estão paralisadas, incluindo indústria, comércio e prestação de serviços, dificilmente voltarão às atividades no pós pandemia.
No entanto, mesmo que a flexibilização, ainda maior, das atividades comerciais em São João del-Rei se torne realidade, a ACI busca orientar os empresários a investir sempre mais nas medidas de prevenção.
“Nós ainda não temos um remédio e muito menos uma vacina. Tudo indica que vamos ter que conviver com essa pandemia um tempo ainda, pelo menos mais alguns meses. O momento é de cautela, prudência e acima de tudo muito cuidado”, defende Carvalho.
Emprego em Minas
Ainda segundo os dados do Caged, Minas Gerais registrou o primeiro mês com saldo positivo de contratações desde o início da pandemia do novo coronavírus. Em junho, foram criados 1.795 postos de trabalho. O número é modesto, mas é o primeiro aumento registrado desde o mês de março deste ano.
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