Najla Passos
Notícias Gerais
Pela primeira vez em 119 anos, desde de que a Internacional Socialista decretou o 1º de Maio como Dia Internacional do Trabalho, os trabalhadores do mundo não irão as ruas honrar a memória daqueles que tombaram na luta por melhores condições de trabalho, como a jornada de trabalho de 8 horas e o descanso remunerado, tão atacados novamente hoje em dia.
Em meio as novas socialibilidades impostas pela pandemia da Covid-19, os eventos que vão marcar a data serão realizados no ambiente on-line: debates eletrônicos, palanques virtuais e lives de solidariedade. Nas ruas infectadas pelo vírus, só restarão silêncios.
No país palco das maiores comemorações do 1º de Maio não será diferente. Com 1,3 mil cidadãos infectados pelo novo coronavírus até a última quinta (29), Cuba suspendeu a comemoração que costuma transformar as ruas da ilha caribenha em um mar de gente.
Só na capital Havana, mais de 1 milhão de trabalhadores, ou 10% da população do país, costumam ocupar a Plaza de la Revolución e seus arredores, todos os anos, empunhando bandeiras de Cuba e de seus líderes, como Che Guevara e Fidel Castro.
Para resgatar um pouco desta história, o Notícias Gerais convidou o fotógrafo brasileiro Sérgio Cardoso para publicar algumas das fotos históricas que fez do 1º de Maio quando morava em Cuba, entre 2001 e 2002.
Difícil foi escolher algumas poucas do acervo incrível deste trabalhador da imagem e testemunha ocular de um dos maiores eventos do mundo, que teve a oportunidade de clicar Fidel Castro desfilando ao lado de trabalhadores pelo Malecón, o calçadão da orla de Havana.
O fotógrafo explorou o evento de pelo menos dois ângulos distintos. No primeiro ano, junto ao povo. No segundo, do palanque, junto às autoridades e à imprensa credenciada. O resultado é uma visão única da maior festa dos trabalhadores do mundo.
Confira!