Kamila Amaral
Notícias Gerais
Os fóruns de Minas Gerais voltaram às atividades presenciais ainda em agosto do ano passado. Mesmo com o avanço da pandemia e o aumento no número de casos e mortes confirmadas por Covid-19, as atividades seguem em regime presencial.
Em dezembro, o Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância do Estado de Minas Gerais (Serjusmig) enviou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) um requerimento pedindo a retomado do modelo de trabalho adotado no início da pandemia, quando os servidores atuavam em regime remoto e só os atendimentos essenciais eram feitos presencialmente.
O pedido não teve resposta, foi reencaminhado ao tribunal em janeiro e segue sem retorno.
Eduardo Couto, diretor de comunicação do sindicato, explica que o TJMG agora está seguindo as “ondas” estabelecidas pelo programa Minas Consciente, do Governo do Estado. O trabalho remoto só está ocorrendo nas cidades classificadas na onda vermelha do plano, com escala de servidores para atender as demandas que não podem ser solucionadas de outra forma. Nas ondas amarela e verde os servidores seguem em trabalho presencial.
Além do atendimento presencial aumentar o fluxo de pessoas e, consequentemente, a transmissão do vírus, o diretor do Serjusmig aponta o fator rotatividade da classificação do Minas Consciente, em que as cidades mudam de onda semanalmente.
“A vacina está aí. A vacinação está ocorrendo, infelizmente não é no tempo e modo que a gente gostaria de estar vendo (…), tem muita gente morrendo ainda. Então, o pedido nosso era esse, suspende, padroniza”, diz.
O representante do Serjusmig afirma que a preocupação do sindicato é com a proteção da vida, tanto dos servidores que estão atuando no atendimento ao público quanto dos usuários do sistema de justiça.
“A Justiça é um serviço público essencial, ela não para, ninguém defende que ela pare. Quando os trabalhadores estão em trabalho remoto a justiça continua funcionando, as pessoas continuam sendo atendidas, só a forma de atendimento que muda”, finaliza Couto.
Outro lado
O Notícias Gerais tentou contato com o TJMG tanto por e-mail quanto por telefone desde a tarde de quarta (11), mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.
