Kamila Amaral
Notícias Gerais
Cerca de dois meses após a greve de sete dias realizada pelos trabalhadores da Viação Presidentes, o acordo firmado para pagamento dos meses de salários – e tickets alimentação – atrasados não foi cumprido.
Para dar fim à paralisação das atividades da empresa, a gerência da Viação Presidente se comprometeu a utilizar o valor de R$1,2 milhões, que estava para receber de um consórcio, para iniciar o pagamento dos salários atrasados. O prazo definido para que isso ocorresse era de um mês após o fim da paralisação, ou seja, 13 de junho. No entanto, até esta quinta (8), o pagamento não foi feito.
Atualmente, os funcionários da Viação Presidente estão recebendo os salários do mês corrente a partir do que é arrecadado diariamente na catraca dos ônibus. Esse controle está sendo feito pelos próprios trabalhadores, com o desconto do que é gasto em combustível para circulação dos veículos, conforme combinado em maio.
Sem expectativa para quitação da dívida
À reportagem do Notícias Gerais, um dos funcionários da empresa, que prefere não ser identificado, afirma que a Viação Presidente ainda não estabeleceu um novo prazo para quitar a dívida com os trabalhadores.
André Nogueira, diretor de comunicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), subsede de São João del-Rei, um dos sindicatos a apoiar a paralisação dos trabalhadores da Viação Presidente, aponta que “a situação do pessoal continua a mesma”: “a diferença é que não está aumentando o atraso salarial por conta do valor que está entrando na catraca”.
Licitação do transporte
Na época da paralisação geral das atividades da Viação Presidente, o prefeito de São João del-Rei, Nivaldo Andrade (PSL), chegou a afirmar que realizaria a licitação para que uma nova empresa assumisse o transporte coletivo na cidade e que a Viação Presidente não continuaria por mais de 90 dias com suas atividades.
No entanto, devido a falta de um Plano de Mobilidade Urbana, a abertura da licitação ainda pode demorar.
