Kamila Amaral
Notícias Gerais
Na próxima sexta (11) será divulgado o resultado da solicitação da Associação Empresarial e Turística de Resende Costa (Asseturc) ao Selo de Indicação Geográfica para o artesanato local.
O selo é certificado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e permite que os consumidores tenham a certeza de estar adquirindo um produto diferenciado. Além de atestar a procedência do produto, o Selo de Indicação Geográfica auxilia na valorização cultural e fomentação das atividades turísticas locais.
Na prática, o selo servirá para distinguir o produto de Resende Costa. “Já temos uma marca extremamente reconhecida em Minas Gerais e no Sudeste. Então é muito importante ter o produto exibindo a marca do município, a gente quer estimular isso”, explica o ex-secretário de Cultura de Resende Costa e membro honorário da Asseturc, Fernando Chaves.
Ele esclarece que o selo não será obrigatório e que nem todos os produtos artesanais do município estão aptos a recebe-lo. “Para possuí-lo o produto deve seguir um regulamento (ainda em construção), que é basicamente, ser um produto têxtil, efetivamente feito a mão e em Resende Costa, seguindo as técnicas tradicionais de artesanato local”, alerta.
Na última fase do processo de certificação, o pedido fica à mercê da manifestação de terceiros antes de poder ser aprovado. “Pela consultoria que a gente teve do pessoal da universidade, que acompanhou todo o processo, é muito provável que vai dar tudo certo, que vai ser aprovado. Não existe nada similar já aprovado ou aguardando aprovação”, conta Chaves.
O pedido do Selo de Indicação Geográfica para o artesanato de Resende Costa contou com consultoria voluntária do mestrado em Inovação Tecnológica da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
Após a aprovação do selo, o Asseturc será a responsável por gerir a aplicação do mesmo. “E o posicionamento dele no mercado, aos poucos ele vai ganhar visibilidade e vai ganhar valor”, destaca Chaves.
Incentivo ao turismo
Com o crescimento percebido na cidade nos últimos dez anos, Resende Costa vem se estruturando para o turismo de diversas maneiras. Além da busca pelo selo no artesanato local, está sendo construído um Centro de Atendimento ao Turista (CAT). A previsão é de que o local possa ser inaugurado até o início de 2021.
“É um local onde você vai ter informação mais elaborada, mais bem estruturada para os turistas sobre os atrativos do município, a história e a tradição têxtil. Aí você vai ter informações de onde encontrar na cidade esses produtos certificados”, esclarece o membro honorário da Asseturc.
Artesanato
Chaves atuou como secretário de Cultura de Resende Costa até o fim de 2019 e destaca a importância do artesanato para a economia da cidade, ressaltando seu caráter de produção descentralizada, geração de emprego e renda, tradição, cultura e até mesmo sustentabilidade.
“O nosso maior produto, o mais conhecido, é tapetinho de retalhos. Ele é feito com resíduo de malha, ou seja, com resto de malha que vem das grandes tecelagens de roupas. É o que sobra, seria descarte. Então, tem esse lado de reaproveitamento de material que é o lado ambiental também”, reforça.
