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TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DE MG RETOMAM ATIVIDADES PRESENCIAIS; TRABALHADORES TEMEM CONTÁGIO PELA COVID-19

Foto: Renata Caldeira / TJMG – Arquivo

Kamila Amaral
Notícias Gerais

Teve início, no final da manhã desta terça (11), a retomada gradual das atividades presenciais nos fóruns de Minas Gerais. Em um primeiro momento, até 31 de agosto, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) atuará com fluxo reduzido. No entanto, servidores estão com receio do retorno por causa de possível infecção pelo novo coronavírus.

Segundo dados oficiais do TJMG, entre os servidores estaduais da Justiça, já foram registrados 148 casos de Covid-19 e um óbito provocado pelo novo coronavírus. “Internamente, estamos com nível de transmissibilidade da doença abaixo da média daquele ocorrido no Estado de Minas Gerais, o que demonstra que as medidas adotadas (limpeza, desinfecção, uso de máscaras, medição de temperatura, álcool em gel, etc.) estão sendo adequadas e surtindo o efeito almejado”, diz o tribunal, por meio da assessoria.

Servidores em risco

O presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância de Minas Gerais (Serjusmig), Rui Viana, avalia a retomada das atividades presenciais da categoria como preocupante. “Da mesma forma que a população, a gente entende que esses dados divulgados, de confirmação, eles são ainda subnotificados. É bem provável que a gente tenha um número maior”, comenta Viana, em entrevista ao NG.

O Serjusmig irá lançar, ainda no noite desta terça (11), uma pesquisa para avaliar a situação de trabalho da categoria após a retomada das atividades presenciais. “De posse desse material a gente pode oficiar o TJMG, em um primeiro momento, e depois, se for o caso, propor até uma medida judicial. O importante é garantir a vida”, afirma o presidente do Serjusmig.

O Sindicato questiona a necessidade da retomada dos trabalhos presenciais, uma vez que, segundo os profissionais, o trabalho em home office (em casa) tem resultado satisfatório e, em 95% dos casos, é o suficiente para resolver as demandas sem colocar em risco os servidores. “Em outros estados, os sindicatos já propuseram greves sanitárias, onde a reivindicação é a preservação da vida, mesmo, e não uma questão monetária”, destaca o presidente do Serjusmig.

Para Viana, o ideal seria que o TJMG ouvisse a categoria e retornasse com o regime de atividades remotas, pois uma greve dessas, caso ocorra em Minas, prejudicaria o trabalho, que pode ser feito sem risco aos servidores.

O Notícias Gerais também entrou em contato com o Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas Gerais (Sinjus). No entanto, até a edição desta matéria, às 16h10, não houve retorno às questões.

A reportagem foi informada que “assim que possível” o Sinjus irá se pronunciar.

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