Redação *
Notícias Gerais
O governador Romeu Zema anunciou nesta quarta (20), em coletiva, o pagamento do 13º aos 17% dos servidores que ainda não tinham recebido o abono natalino referente a 2019.
Dentre eles estão professores da rede básica que, desde a última segunda (18), precisam custear do próprio bolso a internet que utilizam para dar aulas vistorias, por determinação do Governo do Estado.
O anúncio do governador foi feito após o presidente do Conselho Estadual do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e diretor estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Aurívio Veiga, denunciar a disponibilidade de recursos no caixa do Estado.
“Realmente, quem luta educa e conquista”, afirmou Veiga, em vídeo postado no página do Sind-UTE/MG.
A denúncia acusava a disponibilidade de mais de R$900 milhões, que seriam suficientes para a quitação do 13º de 2019 aos 50 mil profissionais que não o receberam, além dos salários do mês de abril que estão em atraso.
Na coletiva, Zema também anunciou a escala de pagamento de maio. A primeira parcela, no valor de R$ 2 mil, será depositada no dia 22 e a segunda, com o restante, no dia 27 de maio. A medida também atinge aos professores, dentre servidores de outra categoria.
Justificativa do governador
O chefe do Executivo explicou que tanto o 13º quanto a folha de maio só foram viabilizados com ajuda de uma decisão judicial, que gerou uma receita para o Estado no valor de R$ 1 bilhão.
“O valor refere-se a um depósito judicial da Vale relacionado à tragédia de Brumadinho”, disse. Na ocasião, o governador também anunciou o pagamento do abono fardamento.
Romeu Zema afirmou que a folha de junho volta a ser uma preocupação. “Nos meses de abril e maio contamos com recursos extraordinários. Ao contrário, não teríamos receitas para pagar as despesas ordinárias”, explicou.
Socorro financeiro
O governador lembrou que participará nesta quinta-feira (21/5) de uma videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro para tratar do projeto de ajuda do governo federal a estados e municípios.
Aprovado pelo Congresso no dia 6 de maio, o projeto, que prevê repasse de R$ 60 bilhões, aguarda sanção do presidente.
Minas terá uma ajuda de R$ 750 milhões durante quatro meses, totalizando R$ 3 bilhões. “O valor virá em boa hora, mas vale lembrar que é insuficiente para cobrir a queda na arrecadação no valor de R$ 2 bilhões prevista em junho”, afirmou Zema.
*Com informações da Agência Minas e do Sind-UTE/MG