Kamila Amaral
Notícias Gerais
Nesta segunda (25), Barbacena e São João del-Rei entraram na “onda branca” do programa “Minas Consciente – retomando a economia do jeito certo”. A partir de então, está liberado nas cidades, além das atividades comerciais essenciais, o funcionamento de lojas de antiguidades e objetos de artes, armas e fogos de artifício, artigos esportivos e jogos eletrônicos, floriculturas, lojas de móveis, tecidos e afins.
Os comerciantes ligados a estes setores, porém, estão divididos quanto a eficácia de reabrirem seus estabelecimentos. Parte deles aposta nas vendas delivery como forma de respeitar o isolamento social e manter as ruas mais vazias. Outra parte optou por reabrir as lojas físicas, adotando medidas extras de segurança.
Antiguidades e objetos de arte
Mesmo com a liberação, em Barbacena, a Relicário – Loja de Antiguidades – manterá o funcionamento apenas com as vendas online. “Apesar do comércio já estar liberado em alguns setores em nossa cidade, optei por continuar com as vendas online para evitar maior movimentação nas ruas, diminuindo assim a infecção pelo vírus”, explica a proprietária, Maria Helena Passos.
Passos não acredita que esse seja o momento propício para a liberação das atividades comerciais. “Agora que a contaminação, aqui em Barbacena, está atingindo um patamar bem considerável, nunca que deveriam ser liberada as atividades comerciais”, afirma.
Junto as lojas de antiguidades, o comércio de objetos de arte foi considerado de baixo risco e também pode funcionar na “onda branca” do Minas Consciente. Um dos expoentes desse seguimento, a Adro Galeria, em São João del-Rei, decidiu manter seu funcionamento presencial suspenso.
“Nós achamos muito arriscado e precipitado, não é hora para abrir uma galeria de arte, algo que não é um item de primeira necessidade”, declara a diretora-administrativa da Adro Galeria, Phamela Damamo.
Desde o início de maio, a galeria passou a funcionar por meio de atendimentos agendadas, seguindo as recomendações dos órgãos de saúde quanto a prevenção da Covid-19. “Mas a gente conseguiu fazer o atendimento sem que as pessoas venham a galeria. Conseguimos fazer todo o atendimento online, via redes sociais, e entregando o pedido ao cliente”, explica Dadamo.
Floriculturas
Já a Casa das Rosas, também em Barbacena, estará retomando as atividades presenciais a partir desta segunda (25). “Tomando o devido cuidado, vamos receber pessoas que respeitem e dêem a devida importância ao uso da máscara. Também será oferecido álcool em gel para os clientes e vamos respeitar sobretudo o número de pessoas dentro de nossa loja”, ressalta a proprietária, Jussara Marciano.
Mesmo com a retomada, na Casa das Rosas a expectativa com relação às vendas não é das melhores e existe ainda a preocupação com as pessoas que não estão tomando os cuidados necessários para prevenção da Covid-19. “Há um número de pessoas circulando sem o uso da máscara, isso sim preocupa que está abrindo seu comércio”, afirma Marciano.
Fogos de artifícios
Outro estabelecimento que passará a funcionar presencialmente em Barbacena é a UFC – Fogos de Artifício. O negócio sofreu, devido a pandemia do novo coronavírus, uma queda de cerca de 95% do seu faturamento. “Estávamos fechados, mas alguns clientes ligavam porque, até então, chás revelação, aniversários aconteciam e para isso muitas pessoas gostam de comemorar com fogos”, esclarece o empresário André Luis Nesio.
No entanto, o carro chefe do negócio, que é a montagem e execução de shows pirotécnicos, está suspenso. ‘“Tivemos bastante prejuízo, não só eu como os grandes empresários. Com a volta do comércio, nós estaremos abertos sim. Em horário comercial, de 8h às 19h”, afirma Nesio.
Em tempos de Covid-19, a maior ameaça à segurança da população é o vírus. No entanto, o empresário ressalta que é importante também manter os cuidados em relação ao uso de fogos de artifício. “As pessoas não devem comprar fogos em estabelecimentos clandestinos. Nas lojas credenciadas, quem vende o produto vai se responsabilizar se algo acontecer de errado”, reforça Nesio.