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LINHA DE FOGO EM CESAR DE PINA E ÁGUAS SANTAS CHEGA A 1,5 KM, APAVORA MORADORES E ESQUENTA DEBATE SOBRE BRIGADAS VOLUNTÁRIAS

Fotos: Redes sociais

Najla Passos
Notícias Gerais

Proprietários de sítios e moradores dos bairros Cesar de pina e Águas Santas, em Tiradentes, passaram a noite apreensivos, por conta da linha de fogo de 1,5 quilômetros que chegou a ameaçar suas residências nesta terça (8).

A ocorrência esquentou o debate acerca da importância das brigadas voluntárias, comuns no interior do Estado, onde o Corpo de Bombeiros, formado pelos bombeiros militares e profissionais, conta com efetivos reduzidos.

De acordo com Francivaldo Trindida Reis, coordenador da Brigada Voluntária de Coronel Xavier Chaves, o incêndio em vegetação na área começou no dia 7 de setembro, no trevo da rodovia MG-383 que dá acesso ao município.

“Os bombeiros combateram as chamas, mas o fogo se espalhou, deu a volta e atingiu César Pina e Águas Santas, já no município de Tiradentes, no dia seguinte”, conta ele, que se deslocou para a área para ajudar os moradores que estavam desesperados.

“Quando os bombeiros militares chegaram já estava escuro. E eles eram apenas três”, acrescenta. Conforme ele, foi preciso a ajuda de seis membros da sua brigada e de dez moradores da região para conter o avanço das chamas.

Em entrevista ao Notícias Gerais, Francivaldo ressaltou a incoerência do fato de que a brigada da sua cidade pode atuar no incêndio, enquanto a Sociedade Corpo de Bombeiros Voluntários Tiradentes (SCBVT), município da ocorrência, foi proibida. A suspensão das atividades da SCBVT ocorreu em abril deste ano.

Para ele, é imperativo que a Brigada Voluntária de Tiradentes volte a atuar para ajudar a preservar o meio ambiente da região. “É inimaginável que moradores tenham suas casas ameaçadas enquanto 30 brigadistas treinados assistem a tudo sem poder fazer nada”, avalia.

A Brigada de Coronel Xavier Chaves é composto por 26 integrantes. São empresários, lojistas, políticos com cargos eletivos, policiais militares, mototaxistas, garçonetes, técnico em enfermagem, donas de casa.

Francivaldo trabalha com um caminhão de resgate e em uma serralheria. “Nosso trabalho como brigadista é voluntário. Ninguém recebe nada. O objetivo é resguardar um bem comum, que é a natureza, que é a vida”, afirma.

Ameaça à residências e veículos

De acordo com os bombeiros militares, o incêndio se concentrou próximo à Rua Sebastião Reis e ameaçou algumas residências, bem como um caminhão que estava estacionado próximo ao local; com o uso de abafadores, bombas costais e com o auxílio dos brigadistas, os bombeiros conseguiram debelar os focos.

Alguns moradores assustados saíram de suas casas; entretanto a equipe de Bombeiros orientou-os a realizar também a limpeza e fazer aceiros próximos às suas residências, protegendo-as. O combate às chamas encerrou por volta de 21 horas. A área queimada foi de oito mil metros quadrados.

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