Ana Laura Queiroz *
Notícias Gerais
Para muito além do asfalto das ruas, dos paralelepípedos das praças e dos tijolos das casas, uma cidade é feita das pessoas que nela vivem. Cidades centenárias, como as da região do Campo das Vertentes são bibliotecas vivas de histórias populares, personificadas naqueles que nasceram ou escolheram estas terras mineiras para chamarem de lar e, aqui, construírem suas vidas.
O Notícias Gerais, ao longo do ano de 2020, escutou algumas dessas pessoas e contou suas histórias. Confira na retrospectiva.
SUA BENÇÃO, MESTRE CLAUDIONOR!
Claudionor Ferreira de Moura foi uma das grandes personalidades de São João del-Rei. Proprietário de uma pequena lanchonete na avenida Tiradentes, ele abria religiosamente seu comércio todos os dias – desde o ano de 1956 – às 5h30 da manhã e nunca se esquecia de um nome que passava por ali.
A figura do senhor percorrendo a avenida Oito de Dezembro até a avenida Tiradentes era uma tradição e hoje é lembrada com carinho por vários são-joanenses.
Sua lanchonete marcou gerações na cidade. Claudionor faleceu no começo deste ano de 2020 e deixou como herança a memória de seu sorriso, emoldurado por seu bigode branco; as histórias que contava da época em que foi caixeiro viajante e seu banco, hoje vazio, no número 608 da avenida.
Leia o perfil na íntegra, escrito por André Frigo, no link disponível aqui.
CONHEÇA SEU MARQUINHOS
Ambientalista nato de Coronel Xavier Chaves, Marcos Antônio de Castro, conhecido como Seu Marquinhos, dedica seus dias à preservação do meio ambiente e à garantia de uma alimentação saudável para aquele que ama em sua cidade.
Aos 59 anos, Seu Marquinhos, casado, pai e avô sofreu o impacto da aposentadoria. Para ocupar o tempo, então, encontrou na reciclagem de lixo e nos cuidados com a horta a motivação para levar os dias.
Leia o perfil na íntegra, escrito por Najla Passos, no link.
ENTRE TRANÇAS: CONHEÇA DAMYANA SILVA
Dona do Espaço P, um estúdio voltado para a estética preta, Damyana Silva concedeu entrevista ao Notícias Gerais sobre sua vida e carreira, ressaltando a importância cultural das tranças.
As influências para virar trancista remontam à infância de Damyana: “desde criança eu tranço meu cabelo. Minha vó é trancista, tenho lembranças da minha vó indo até minha casa para me trançar; minha tia também trança”.
Para conferir o perfil dela, escrito pela Caroline Santos Teixeira, clique aqui.
CANTOR SÃO-TIAGUENSE: JOÃO PAULO TORÉ
João Paulo Toré começou sua vida musical em meados de 2002 e percebeu em 2020, com a realidade do isolamento social, uma oportunidade de levar sua música para todos os públicos. Desde março ele fez lives onde, com apenas um violão, toca alguns arranjos que ele mesmo produz.
Cenas divertidas, como uma corda que arrebenta no meio de um solo ou lágrimas que caem de saudade da família, estão nas lives de Toré, as quais personificam a socialização dos distanciados.
Leia o perfil na íntegra, escrito por Douglas Caputo, especial para o NG, no link.
SEU JACI, O MAIS ANTIGO PRODUTOR DE ROCAMBOLE DE LAGOA DOURADA
Jaci da Padaria, aos 68 anos, é o produtor de rocambole mais antigo da cidade de Lagoa Dourada. Mineiro, nascido e criado na cidade, começou a trabalhar em 1966, aos 14 anos, como ajudante em uma padaria. Aos 24, abriu seu próprio negócio que existe até hoje.
Seu Jaci compartilhou sua famosa e tradicional receita, no perfil escrito por Victória Souza, especial para o Notícias Gerais. Leia na íntegra aqui.
SAUDADE DONA MARIINHA
Maria Izabel de Assis Saraiva, conhecida por todos como Dona Mariinha, completaria seus 92 anos neste ano de 2020. Infelizmente, a querida senhora barbacenense foi uma das milhares vítimas da Covid-19.
Nascida em 1928, hoje é lembrada como uma pessoa amiga, falante e que foi muito amada. Dona Mariinha tinha uma característica marcante: resiliência. Enfrentou vários dramas e dores na vida – perdeu seu primeiro marido e duas filhas. Mesmo assim, foi exemplo de paixão pela vida, persistência e coragem. Faleceu no dia 12 de junho, após árdua batalha contra o coronavírus.
Leia o perfil na íntegra, escrito por André Frigo, no link.
A POETA NATÁLIA VITÓRIA
Mulher preta, são-joanense e jovem de 21 anos, Natália Vitória dos Santos é uma escritora pulsante e forte. Se sentindo sozinha e incompreendida, decidiu colocar no papel tudo o que sentia. O resultado foi poesia pura, que reflete a realidade da questão racial no Brasil. Empoderada, ela contou que seus textos e poesias são suas companhias e a forma com que se conecta com o mundo.
Através das redes sociais, a jovem compartilha com o mundo suas poesias e hoje tem planos de publicar um livro. No perfil publicado pelo NG, é possível conhecer mais dos poemas de Natália.
Leia o perfil na íntegra, escrito por Najla Passos, no link.
MARIA JOSÉ: A PRIMEIRA VÍTIMA FATAL DA COVID-19 EM SJDR
Maria José Pereira Chula Gomes, de 80 anos, foi a primeira vítima fatal da Covid-19 em São João del-Rei. Natural da cidade e musicista, a senhora sempre ativa e independente, morava sozinha no bairro Bonfim e dedicava seus dias à família e à igreja.
A religiosidade era característica pulsante de Maria José. Devota de São José, dedicou cerca de 60 anos de sua vida à Orquestra Lira São-Joanense, onde foi cantora.
Conhecida pelo seu otimismo e sua fé, a senhora além de cantar também era violinista. Os familiares e amigos compartilham com carinho suas lembranças à equipe do NG. Maria José perdeu sua vida para o coronavírus, deixando três filhos e quatro netos.
Leia o perfil na íntegra, escrito por Carol Rodrigues, no link.
* Com colaboração de Arthur Raposo Gomes.
