Carol Rodrigues
Notícias Gerais
Nessa quarta (1), foi aprovado o texto base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adia as eleições municipais de 2020. Agora, a data prevista para as votações são os dias 15 e 29 de novembro. Anteriormente, os dois turnos estavam marcados para os dias 4 e 25 de outubro, respectivamente.
O Notícias Gerais entrou em contato com alguns pré-candidatos ao cargo de vereador na eleição de 2020 em cidades no Campo das Vertentes para ouvir a opinião dos políticos sobre o adiamento das datas.
Barbacena
O pré-candidato a vereador e presidente da Câmara dos Vereadores de Barbacena, Amarílio Andrade (PSDB), considera que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Congresso Nacional deveriam ter ouvido mais os pré-candidatos antes da decisão de adiamento das eleições.
Para Amarílio Andrade, o pleito não deveria ter sido adiado. “Deveria ter mantido o calendário anterior sem ter que mudar a constituição, desde que se tomasse as devidas precauções”, opina. Ele, ainda, diz que entende que a medida foi tomada priorizando a vida das pessoas, com a expectativa de que a pandemia esteja controlada.
Além disso, o vereador também considera esta uma das eleições mais complicadas da história e se preocupa com a quantidade de pessoas que podem ficar sem votar. “As pessoas de risco dificilmente sairão de suas casas para votar”, completa.
Barroso
O pré-candidato à reeleição como vereador em Barroso e atual presidente da Câmara, Állan Carlos de Campos (REDE) considera o adiamento necessário devido à falta de previsões concretas sobre a pandemia.
Para o vereador, ainda há falta de preparo do Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal Regional Eleitoral para enfrentar situações que envolvem a Covid-19. Com o adiamento, os órgãos e candidatos terão mais tempo para organizar uma eleição com o menor risco possível.
De acordo com Állan Campos, o novo coronavírus acabou afetando, também, a elite, que “geralmente era blindada”. A pandemia também mostrou, segundo ele, que o serviço público demanda ainda mais responsabilidade, “algo que às vezes falta a classe política”, completa.
O vereador está em seu primeiro mandato, que teve início em 2017. Állan Carlos de Campos diz que os planos para a pré-campanha e também para o período eleitoral foram adiados. Para ele, os candidatos terão que lidar com “a população ainda mais desconfiada e arredia”.
Santa Cruz de Minas
Em Santa Cruz de Minas, o atual presidente da Câmara dos Vereadores e pré-candidato, Gleison Freitas (PODEMOS) considera que o adiamento uma decisão “prudente”.
Ele diz que o isolamento social tem sido um ponto importante no combate ao vírus e a diminuição dos casos nos próximos dias será “crucial” para que as eleições ocorram de forma segura em novembro.
Gleison Freitas espera que até, até a nova data, o situação pandêmica tenha se normalizado “para que o povo tenha cabeça para analisar os candidatos e votar consciente nesse processo eleitoral dA maior importância para o povo, que são as eleições municipais, que influencia diretamente no dia a dia do cidadão”.
Segundo o vereador, os planos para a candidatura não foram afetados pelo adiamento. “Acredito que, por mais que esteja próximo às eleições, o momento atual é de unirmos forças em prol de nosso povo e ajudá-los a enfrentar essa pandemia”, finaliza.