

Redação
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Clareci Cardoso é epidemiologista e professora do Campus Centro-Oeste (CCO) da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em Divinópolis. Em vista do cenário atípico que está sendo vivenciado nesse final de 2020, ela elaborou algumas recomendações para a passagem das festas de fim de ano.
O primeiro ponto defendido pela professora é o de que, devido a pandemia da Covid-19, as festividades deverão ser reorganizadas, para garantir a segurança de todos.
“Nesses tempos de pandemia a presença das universidades e da ciência tem sido fundamental para a compreensão dessa nova morbidade que já fez quase 2 milhões de vítimas fatais, além de deixar sequelas importantes em muitas outras vítimas, termo denominado COVID-LONGA, que é a permanência de sintomas após as 3 semanas de diagnóstico, dentre eles o cansaço, fatiga crônica, comprometimento cardíaco e neurológico”, destaca a epidemiologista em seu texto.
Ressaltando que nenhuma medida de proteção se mostrou completamente eficaz, ela indica algumas ações a serem tomadas no sentido de minimizar os riscos de contaminação. Sendo elas:
a) Primeiramente manter afastamento social, fazer todas as comemorações somente com as pessoas que já compartilham o mesmo domicílio. Favorecer ambientes com ampla ventilação natural.
b) Utilizar sempre a máscara ao interagir com pessoas externas ao domicílio, retirando-a somente no momento das refeições, que deverá ser realizado respeitando um distanciamento mínimo de 1,5 ou 2,0 metros.
c) Lavar sempre as mãos com água e sabão de forma abundante frequentemente, ou utilizar álcool em gel (70%) principalmente após tocar objetos ou superfícies de uso comum.
Ao indicar medidas de minimização dos riscos de contágio, Cardoso argumenta que o distanciamento social ainda é a medida mais efetiva, e portanto recomendada, na prevenção da Covid-19.
“Qualquer celebração de final de ano que você decidir fazer, esteja certo que poderá representar para você e para seus entes queridos um jogo de Roleta Russa, pois não sabemos quem está contaminado ou quem podemos contaminar”, enfatiza a professora.
A epidemiologista declara também confiança na ciência e na vacina para controlar a pandemia: “de forma a possibilitar que estejamos juntos no próximo ano para celebrarmos a vida”, finaliza.