Início Gerais Política SÃO TIAGO: PREFEITO AVALIA QUE COMBATE À COVID-19 IMPACTOU ELEIÇÃO

SÃO TIAGO: PREFEITO AVALIA QUE COMBATE À COVID-19 IMPACTOU ELEIÇÃO

Kamila Amaral
Notícias Gerais

São Tiago foi uma das cidades da região que apostou no novo e não reelegeu a administração atual para o próximo mandato. Entre 2021 e 2024 a cidade terá como prefeito Alexandre Nonato (Patriota). No entanto, mesmo sem ter sido reeleito, Denilson Reis (PSDB) defende sua administração e afirma deixar o cargo de chefe do executivo municipal “de cabeça erguida”. 

O gestor classifica o último mandato como o “mais difícil da história”. Relembrando que, logo no início, ele foi marcado pelo desabamento de casas em São Tiago e que a administração municipal empenhou mais de R$ 1 milhão para lidar com o problema.

Em seguida veio a crise do Governo do Estado, em que não foram repassados os recursos que deveriam ser destinados aos municípios. Sem trégua os últimos anos foram marcados também pela greve dos caminhoneiros e, finalmente, pela pandemia da Covid-19. 

“Depois de tudo isso a gente estar com a folha de pagamento em dia, ter recursos em caixa, não ter nenhuma dívida com fornecedor, estrutura da prefeitura e ainda realizando obras, eu acredito que conseguimos fazer uma administração muito boa e passar por essas dificuldades saindo de cabeça erguida”, defende Reis. 

Enfrentamento à pandemia

Como não poderia deixar de ser, Denilson falou sobre as ações de sua administração no enfrentamento da pandemia. Ele ressaltou que mesmo diante do ineditismo do evento sua gestão lidou com a pandemia de maneira responsável e deixa para a próxima administração um ambiente muito confortável. 

“Lógico que isso impactou no resultado das eleições, porque a sociedade vê hoje a pandemia como algo praticamente vencido. Tem gente que nem acredita no vírus”, diz. 

“Lógico que isso impactou no resultado das eleições, porque a sociedade vê hoje a pandemia como algo praticamente vencido. Tem gente que nem acredita no vírus”

Mesmo com o recente aumento no número de casos na cidade, Denilson garante que o enfrentamento foi feito da forma correta. “Eu, particularmente, não me arrependo de nada”, sustenta. 

Desafios futuros

Para os próximos dois anos São Tiago já tem uma programação de obras, na ordem de R$ 4 milhões em recursos já garantidos. O atual prefeito afirma que muitos desafios serão enfrentados pela próxima administração. Entre eles, Denilson ressalta a consolidação do projeto “Caminhos de São Tiago” e o estabelecimento do turismo como a terceira base da economia local, juntamente a agricultura e a produção de biscoitos. 

Além disso, a educação municipal deverá ser um ponto de atenção, tendo em vista os efeitos da pandemia da Covid-19 sobre a mesma. 

“Temos também o grande desafio de fazer a saúde pública continuar funcionando no próximo mandato, uma vez que, eu dizia isso campanha, nós tivemos o represamento (contenção) das demandas, com os exames, consultas e cirurgias eletivas paralisadas por conta da Covid-19. O município terá que colocar muito recurso e achar forma de viabilizar todas essas demandas”, sinaliza. 

Enquanto gestor municipal, Denilson defende a importância dos mandatos técnicos afirmando que, principalmente no contexto pandêmico, é preciso que a administração pública priorize os quesitos técnicos tanto no que diz respeito a equipe, ações e também em relação a projetos e programas. 

Participação popular

Outra questão elencada é a falta de participação popular. “Nós percebemos que a sociedade precisa participar mais, ela precisa não só esperar o chamamento do poder público para que ela participe, mas ela mesma se interessar pela participação e ajudar na construção do processo de políticas públicas”, afirma. 

Mesmo diante da derrota sofrida nas eleições 2020, Denilson afirma ser grato a confiança que lhe foi depositada pela população nos três mandatos em que esteve à frente da Prefeitura Municipal de São Tiago. Além disso, expõe suas desculpas à população pelos momentos em que sua gestão não conseguiu dar conta conta de tudo que se propôs a fazer.

“Nós tivemos um problema sério com equipamento de patrol, por exemplo, e geralmente a gente consegue resolver isso em no máximo em 60 dias, mas ficamos mais seis meses pra resolver porque as empresas brasileiras não estavam conseguindo importar peças. Isso gerou um enorme prejuízo para manutenção das estradas e foi sentido muito por nós e pelo produtor rural”, finaliza. 

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