Redação *
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Sem a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), sediada em Barbacena, realizou, na manhã desta sexta (11), a solenidade militar de conclusão do Curso Preparatório de Cadetes do Ar (Cpcar), que selou o encerramento da formação de 154 alunos que ingressaram na instituição em janeiro de 2018. Entre deles, várias das vítimas do surto de covid-19 que acometeu a escola em maio passado, em pelo menos 204 dos seus 507 alunos, dos três anos, foram infectados pelo vírus até então pouco conhecido.
Quando o Brasil inteiro entrou em quarentena, em abril passado, a escola decidiu manter as atividades, com as centenas de meninos dividindo alojamentos e demais dependências, o que provocou o surto. Até onde se sabe, nenhum dos estudantes infectados – jovens, saudáveis e atléticos, com idades entre 14 e 18 anos – teve complicações decorrentes da doença.
As aulas foram suspensas por recomendação do Ministério Público, mas posteriormente uma decisão judicial autorizou a Epcar a reconvocar os alunos para a retomada do ano letivo. Só na semana do regresso, em julho, mais nove foram infectados pela covid-19.
Na solenidade desta sexta (11), da qual participaram apenas as autoridades do centro de comando da instituição, o uso de máscaras foi relaxado em vários momentos, como mostram as fotos oficiais feitas pela própria Epcar ( ao final da matéria). Mas o enfrentamento à crise da covid-19 deu o tom dos discursos.
“No enfrentamento da covid-19 e de seus desdobramentos, o fundamental direcionamento advindo dos oficiais do Alto-Comando da Aeronáutica foi determinantes através da experiência e a firmeza daqueles que ocupam o mais alto nível de decisão da Força Aérea, trazendo a segurança necessária para seguirmos em frente. Prezados formandos, as turbulências enfrentadas foram realmente atípicas, marcaram a turma de uma forma única, mas isso não significa que devam desenvolver qualquer sentimento de perda. Pelo contrário, encarem essas adversidades como uma real oportunidade de superação, que dependeu diretamente da motivação e resiliência de cada um. Lembrem-se que os óbices, uma vez transpassados, perpetuarão como importantes marcos do crescimento individual. Voem cada vez mais alto! Sejam felizes! Sempre…”, disse diretor de Ensino da Aeronáutica, o major-brigadeiro do ar, Marcus Vinícius Rezende Mrad.
“Este ano foi característico pelos diversos desafios que tivemos que adaptar para conseguir concluir a formação, mas creio que fizemos um excelente trabalho quando olhamos para a tropa que formamos hoje. Que eles nunca deixem de olhar o passado que tiveram, as lutas que desde cedo venceram e que tenham muito orgulho por haver servido nesta Escola. Eles já são vitoriosos! Que enfrentem quaisquer desafios e tenham excelentes voos”, pontuou o major aviador Leonardo Vinícius Petersen, um dos principais responsáveis pela formação dos futuros cadetes.
“Os desafios não foram poucos. E neste ano, em particular, eles se excederam, um após o outro, exigindo sacrifícios ainda maiores da Turma Phoenix que, sublime, mais forte, das cinzas ressurgiu. Que a verdade esteja sempre presente em suas palavras. Que a honestidade esteja sempre em seus pensamentos, e que a justiça esteja sempre presente em seus atos. É isso que seus superiores, pares e subordinados, é isso que a Força Aérea, é isso que o Brasil espera de vocês”, discursou o comandante da Epcar, tenente-brigadeiro do ar Luis do Carmo Roberto Lourenço.
- Com informações do Setor de Comunicação da Epcar.
