Caroline Santos Teixeira
Notícias Gerais
O Ministério da Educação (MEC) publicou, nesta quarta (2), uma portaria que determina a volta das aulas presenciais nas instituições de ensino federais em janeiro de 2021. O texto afirmava que este retorno estaria condicionado ao cumprimento das medidas de biossegurança para o enfrentamento do novo coronavírus.
A medida não foi bem aceita pelo meio acadêmico. Em pronunciamento oficial, a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) declarou que, devido ao crescimento do número de pacientes diagnosticados com a Covid-19, a reitoria é contrária a retomada presencial das aulas.
“É um momento de termos calma, de resolvermos essa questão coletiva e acertadamente. Nosso primeiro compromisso é com a preservação da vida, do bem-estar da comunidade acadêmica e da comunidade em geral”, pontuou o professor Marcelo Pereira de Andrade, reitor da instituição.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) também anunciou que não pretende seguir a determinação do MEC e garantiu que a suspensão das atividades presenciais será mantida até 23 de março de 2021. Em comunicado publicado, a UFJF afirmou que tomou essa decisão tendo como “base as condições epidemiológicas e como valor a preservação da saúde e da vida de seus estudantes, trabalhadoras e trabalhadores”. A instituição ainda garantiu que irá emitir uma nota sobre o assunto nesta quinta (3).
A repercussão negativa da portaria e a resistência do meio universitário em acatar as ordens do MEC, levou o ministro da educação, Milton Ribeiro, a desistir da medida ainda na tarde desta quarta.