Redação
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Segundo levantamento preliminar feito pela unidade técnica do Tribunal de Contas da União (TCU), noticiado com exclusividade pelo jornal O Globo na última semana, as Forças Armadas utilizaram cerca de R$4,1 milhões de recursos que seriam, originalmente, destinados ao enfrentamento à pandemia no Brasil.
A verba foi usada, segundo publicação, para aquisição de um micro-ônibus, mochilas, porta-celulares, bandeiras e coletes, além de custear reformas de imóveis.
Pisos e telhados de prédios militares – algumas vezes de espaços não operacionais – demandaram cerca de R$1,1 milhão, conforme noticiado.
Ainda de acordo com o documento que veio a público, outros R$9,6 milhões ainda passam por processo de “pendência de comprovação” para certificar se foram empregados no combate ao novo coronavírus. Entre os bens pagos com essa verba estão: alimentos como sorvete, refrigerante, doce de leite e itens como mesas, parafusos e interruptores.
Marinha e Exército beneficiaram-se, respectivamente, de R$960 mil e R$44,6 mil para compra de “equipamentos e materiais de manobra e patrulhamento” – que não deveriam ter sido custeados com este verba, visto que, considerados como despesas regulares, são vinculados a um outro orçamento específico.
Ao TCU, as Forças Armadas apontaram que os casos serão apurados, segundo informações do jornal.
Após a publicação da reportagem, o Tribunal publicou uma nota no qual aponta que “o documento mencionado na matéria não é uma decisão do TCU, trata-se de posicionamento da unidade técnica que ainda será apreciado pelo relator e pelo Plenário”.
